O lançamento do livro Devote della Vergine: histórias de Mulheres em Nova Trento, da jornalista e escritora Elis Facchini teve o lançamento oficial em Nova Trento, na Adega Bastiani, na noite de sábado, 13. O encontrou contou com a presença de familiares, amigos e personagens do próprio livro-reportagem.
A obra é resultado do projeto de conclusão do curso de Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), finalizado há exatos 12 anos.
O livro-reportagem, assim denominado, foi concretizado por meio de histórias orais da comunidade, principalmente por pessoas idosas ligadas ou não a organizações que “disciplinaram” mulheres, desde o início do século 20 até meados da década de 1960. Entre as entidades, destaque para a Pia União das Filhas de Maria, a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição e o Apostolado da Oração (estas duas últimas permanecem ativas até hoje).
“Mesmo após 12 anos, desde a finalização, em 2005, o texto ficou praticamente inalterado. Algumas revisões foram feitas, como a atualização de datas e mudanças de diretorias de instituições, como o Apostolado da Oração. O lançamento deste livro é a realização de um grande sonho”, pontua a escritora, Elis Facchini.
Quase 40 pessoas da comunidade participaram das entrevistas, entre elas 25 mulheres. “O livro é praticamente todo escrito com base nas histórias orais. Durante a pesquisa, minha dificuldade foi encontrar livros ou pesquisas referentes às Filhas de Maria – que é o foco do meu trabalho. Por isso, me debrucei nos relatos das personagens e nos livros de atas da instituição, que gentilmente me foram cedidos pela Paróquia São Virgílio durante a investigação”, explica a autora.
Devote della Vergine possui 200 páginas, contando ainda com um acervo fotográfico e cópias dos livros de atas das instituições pesquisadas. “O projeto traz, também, elementos da história da imigração, a vida social entrelaçada com a religiosidade e uma pequena visão das instituições masculinas ligadas à Igreja. Após muitos anos, Nova Trento ganha uma obra que dá destaque à preservação da memória social”, finaliza Elis.
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