Plácido Vargas, secretário de Desenvolvimento e Meio Ambiente de São João Batista, pode ser considerado um “chato”. Ou até inimigo para alguns. Mas, ele não está errado. Não é demais querer que os extratores de areia cessem a destruição do Rio Tijucas, respeitem a legislação e preservem as propriedades dos ribeirinhos.
Fazem dois anos e sete meses que Vargas bate pé. E faz reunião. Chama a Fatma. Aciona o Ministério Público. Conversa com as empresas que retiram o mineral do rio. E nada. Não se moveram em nenhum palmo para cumprir o que determina a legislação ou mesmo o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado em 2005. Teve até abaixo-assinado de moradores.
Agora, o assunto vai ganhar novos capítulos. Maior parte das licenças serão suspensas ou não renovadas pela Prefeitura Municipal. De acordo com informações, só duas empresas deverão seguir extraindo no leito do rio. Elas estariam em dia com suas obrigações. Entre elas está a Coleoni Extração. As demais, deverão recorrer à justiça.
As margens do Rio Tijucas foram destruídas nas últimas décadas. Erosão é visível em toda a extensão do rio, de São João Batista a Major Gercino. Querer que sigam as regras e respeitem os limites para retirada de areia é o mínimo que podemos exigir. Que o assunto ou o secretário sejam considerados ‘chatos’, mas que não dá para aceitar o que acontece com o rio, isso não dá.