Ele nasceu em Major Gercino e foi criado em São João Batista. Viveu na cidade até os 14 anos. A mãe e os irmãos ainda residem na cidade. Altair Silva, do PP, assumiu nesta semana uma vaga na Assembleia Legislativa e vai atuar até 2018, na base de apoio ao governador Raimundo Colombo (PSD).
Relação entre os dois partidos tem sido cada vez mais próxima, com o PP assumindo secretaria de Estado e encaminhando as conversas para a disputa do próximo ano. Em entrevista ao Jornal da Super nesta sexta-feira (13), Altair garantiu que PP e PSD deverão estar no mesmo palanque e poderá apoiar a candidatura de Gelson Merísio. Leia a entrevista:
Jonas Hames – Esse movimento entre o PSD e PP deixou de ser um namoro e passou a ser um casamento. Isso é sinal do que vai acontecer em 2018? PSD e PP deverão estar juntos no pleito ao Governo do Estado?
Altair Silva – Eu não tenho dúvidas de que é um noivado já encaminhado para o altar. Está muito bem encaminhado o casamento em 2018. Na minha posse foi expressado que não foi apenas o ato e um deputado assumindo uma secretaria de Estado, e um suplente assumindo o mandato. Foi o ato de um projeto eleitoral para 2018. O Partido Progressista, o PSD e o PSDB, assim como Partido Socialista Brasileiro devem caminhar para estar juntos no mesmo projeto, para apresentar uma nova proposta de governo para Santa Catarina.
JH – O deputado Federal Esperidião Amin, afirmou recentemente que o governo de Raimundo Colombo é semelhante ao que ele faria caso fosse governador. O senhor tem esse entendimento também?
Altair – Temos esse entendimento baseado na seguinte premissa: o PP é contra o aumento de impostos e o governador Colombo com toda essa crise não aumentou impostos, então isso fecha muito com a forma de nós pensarmos, a forma do ex-governador pensar. E também o controle dos gastos públicos. Todos sabem que quando Esperidião governou foi exercido um controle muito alto dos gastos públicos em Santa Catarina. Nós procuraríamos fazer o mesmo que ele está fazendo, portanto muito parecido.
JH – Como ficam as questões locais dentro desse contexto. Em São João Batista, por exemplo, o PP disputou uma eleição contra o PSD. É até nesse momento oposição aos pessedistas. Como ficam essas costuras nos municípios?
Altair – Evidentemente que existam municípios que existam oposição ao governo, mas não ao município. Isso é natural dentro das composições políticas locais. O PSD de São João Batista está junto com o PMDB, e então é natural que quem está junto com o PMDB é muito provável que o Partido Progressista nestes casos não estaria apoiando. Mas, faz parte do processo democrático, das eleições. Eleições têm aquele que é o vencedor, e aquele que não atingiu a vitória. Evidente que as situações estaduais se distinguem das situações locais. O Partido Progressista não faz oposição ao município. Nós estaremos ajudando em todas as situações que forem benéficas ao município.
JH – Dentro desse arranjo como se dará a convivência com o PMDB, já que dentro do mesmo baralho teremos PSD, PP, PSDB, PMDB e nanicos. Mas o principal é o PMDB já que os dois partidos sempre foram antagonistas no Estado. Como que se dá essa convivência?
Altair – Primeiro a característica de diálogo que o governador Raimundo Colombo tem com todos os partidos e a sociedade. É um homem que procura sempre a conciliação e a harmonia. E ele sempre repete que briga política não ajuda a construir pontes. E ele com seu perfil foi atraindo essa relação. Claro que se olhar para trás vai se perceber o antagonismo entre o PP e PMDB. Mas ela é fruto também da relação que as bancadas têm na Assembleia Legislativa. Na Alesc a relação entre deputados do PMDB e PP sempre foi muito proativa. Tanto que agora para presidente da Assembleia, deverá assumir o deputado Silvio Dreveck como presidente e como vice o deputado Aldo Schneider do PMDB. Então o PMDB e PP estarão dividindo o comando do parlamento. Tudo isso facilitou para que nós chegássemos a um entendimento de expandir esse relacionamento ao Governo. A grande tendência, no entanto, é que para as eleições o PMDB esteja de um lado e nós de outro. Mas, mesmo assim não podemos fazer uma relação de ódio entre os partidos e sim de diálogo.
JH – O PP estaria disposto a abrir mão e apoiar a candidatura de Gelson Merisio em 2018? Já a conversações nesse nível?
Altair – Nós não estamos impondo nomes. Temos sim lideranças que podem encabeçar uma chapa se for necessário. Gelson Merisio vem fazendo naturalmente um trabalho de articulação. Lá na frente, através de um diálogo nós vamos ver quem aglutina mais para ser o nosso candidato. Pode ser sim o Merisio. Não tem nenhuma restrição a isso e é possível.