Revelados pelo Clube de Regatas do Flamengo nos anos 90, Marcelinho Carioca, o Pé de Anjo, e Paulo Nunes, o Diabo Loiro, são algumas das atrações do Jogo das Estrelas, que realiza-se em São João Batista, no Estádio Municipal Valério Gomes Neto, na noite do dia 18 de agosto, uma sexta-feira. Além deles, Adriano Gabiru – autor do gol do título do Mundial pelo Internacional – Perdigão e Mauro Galvão, também marcarão presença no evento.
O evento é uma promoção da Super FM 99,9, Jogo das Estrelas, Havan e Ravel Palmilhas.
Após o jogo, haverá a premiação do Troféu Super Craque Havan, inclusive com a presença de Luciano Hang, na Sede Social do Calçados Ala.
Marcelinho Carioca
O jogador ficou conhecido por suas habilidades em cobranças de falta, ganhando o apelido de “Pé-de-Anjo”. Considerado por muitos um dos maiores ídolos da história do Corinthians, Marcelinho marcou 224 gols em 423 partidas entre 1994 e 2001. Além de ser o jogador que mais ganhou troféus com o Corinthians do que qualquer outro jogador em sua história, um total de 10 campeonatos, incluindo os Campeonatos Brasileiros de 1998 e 1999e a primeira edição do Mundial de Clubes da FIFA, em 2000.
Após diversos títulos, foi vendido, em 1997, para o Valência, da Espanha, por 7 Milhões de dólares.
Em 2003 foi trazido por Eurico Miranda para formar ao lado de Marques e Valdir a linha de frente do clube vascaíno, e deu certo, com o título estadual naquele ano, tornando-se o principal jogador do Vasco. Voltou ao Vasco em 2004, após passagem pelo futebol árabe, mas sofreu com as seguidas lesões, impedindo de demonstrar seu melhor futebol. Ao final daquele rumou ao futebol francês.
Paulo Nunes
Paulo Nunes foi revelado nas divisões de base do Flamengo, clube que defendeu, profissionalmente, entre 1990 e 1994, quando conquistou seus primeiros títulos.
Fez parte de toda uma nova geração de jogadores surgidos na Gávea, que incluíam Djalminha, Júnior Baiano, Marquinhos, Nélio e Marcelinho Carioca.
Em 1995, deixou o Flamengo e foi jogar no Grêmio, onde acabou fazendo, com Jardel, outro preterido do futebol carioca, este vindo do Vasco da Gama, uma dupla de ataque infernal.
Certamente, foi no Grêmio, que Paulo Nunes viveu a fase mais gloriosa de sua carreira, tendo conquistado dois Campeonatos Gaúchos, uma Libertadores, um Campeonato Brasileiro, uma Recopa Sul-Americana e uma Copa do Brasil. Não fosse isso o bastante, ele também foi o artilheiro do Campeonato Brasileiro de 1996, com dezesseis gols marcados, e da Copa do Brasil de 1997, com nove gols.
A excelente fase no Grêmio rendeu-lhe a Bola de Prata, por seu desempenho no Campeonato Brasileiro de 1996, além da convocação para a Seleção Brasileira, que disputou a Copa América de 1997, na Bolívia.
Após sua saída do Grêmio, em 1997, foi jogar na Europa, quando passou a defender o Benfica. Lesões e conflitos com outros jogadores do plantel, todavia, acabaram por atrapalhar sua trajetória. Com isso, retornou ao Brasil, em 1998, vestindo a camisa do Palmeiras, outro clube onde acabou fazendo muito sucesso, com Oséas como parceiro de ataque.
No Palmeiras, Paulo Nunes teve atuações memoráveis, ganhando mais uma Copa do Brasil, a sua terceira no currículo, além de uma Copa Mercosul onde o Palmeiras eliminou antes de chegar às finais o Boca Juniors com Abbondanzieri, Gustavo Schelotto, Riquelme, no melhor momento de sua carreira, Palermo e o técnico Carlos Bianchi. Conquistou também a Libertadores de 1999.
Em meio a esses títulos, Paulo foi decisivo em goleadas por 3 x 0 e 4 x 1, sobre o maior rival do Palmeiras, o Corinthians. Posteriormente, teve uma segunda passagem pelo Grêmio, esta não tão gloriosa quanto a primeira. Jogou ainda no Corinthians, Gama, Al Nassr e Mogi Mirim, encerrando sua carreira, por este último clube, em 2003, tendo 32 anos de idade.
Adriano Gabiru
Iniciou sua carreira no CSA de Alagoas. Em 1998, transferiu-se para o Atlético Paranaense, clube onde permaneceu até 2004. No clube de Curitiba, Adriano foi campeão do Campeonato Brasileiro de 2001, com grandes méritos, por ser um dos destaques naquela campanha, junto com Alex Mineiro, Kléberson, Kléber Pereira e sendo comandado pelo treinador Geninho.
Em 2006, o Internacional contratou o atleta para uma importante temporada, já que o clube participaria da Copa Libertadores da América. Durante a temporada, Adriano foi muito contestado pela torcida do Colorado, que chegou a vaiá-lo em várias oportunidades, pedindo ao então treinador, Abel Braga, que o tirasse de campo ou mesmo que o desligasse do grupo.
No entanto, com grande profissionalismo ele deu a volta por cima e demonstrou toda sua garra, e respondeu à sua torcida com um gol inesquecível. Gabiru foi o autor do gol que deu o título mundial ao Internacional. Então, no dia 17 de dezembro de 2006, Adriano tornou-se a grande notícia do Internacional, na final do Campeonato Mundial de Clubes, disputado no Japão. Começando na reserva do clube gaúcho, campeão da Taça Libertadores da América, no jogo contra o campeão da Liga dos Campeões da UEFA, o Barcelona, Gabiru entrou em campo aos 31 minutos do segundo tempo, com a responsabilidade de substituir o capitão do Colorado Fernandão, que saiu lesionado. Apenas 5 minutos após a entrada de Adriano, ele recebeu um passe do atacante Iarley, entrou na área e desviou do goleiro Valdés, marcando o único gol da partida que deu o título mundial ao Internacional e entrando para a história do clube.
Mauro Galvão
Começou a carreira no Internacional e, com apenas 18 anos, ajudou o clube a conquistar de forma invicta o Campeonato Brasileiro de 1979. Pelo Internacional foi ainda tetracampeão gaúcho (1981-1984),
Em 1987 Mauro Galvão transferiu-se para o Botafogo, ao lado de Marinho e Paulinho Criciúma. Em General Severiano, Mauro Galvão ajudou o clube carioca a conquistar contra o Flamengo o Campeonato Carioca de 1989 após 21 anos sem títulos.
Três anos atuando pelo Botafogo valeram a Mauro Galvão uma vaga na Seleção Brasileira que disputou a Copa do Mundo da Itália em 1990. Mauro Galvão foi um dos três jogadores escolhidos por Sebastião Lazaroni para formar a defesa brasileira num esquema tático que não agradou aos torcedores.
A Seleção foi eliminada pela Argentina ainda nas oitavas-de-final, mas Mauro Galvão terminou a Copa do Mundo com boas atuações que renderam-lhe uma proposta do Lugano, da Suíça.
Mauro Galvão passou seis anos na Suíça até que em 1996 aceitou a proposta do seu clube de coração, Grêmio, e retornou ao Brasil. Para maior felicidade de Mauro Galvão, o Grêmio conquistou o Campeonato Brasileiro de 1996 e a Copa do Brasil de 1997.
Em 1997 aceitou um novo desafio e transferiu-se para o Vasco da Gama, conquistando no mesmo ano o seu terceiro título do Campeonato Brasileiro. Permaneceu no Vasco no ano seguinte para dar continuidade ao projeto do centenário do clube que visava a conquista da Libertadores de 1998 e da consequente disputa da Taça Interclubes.
Em 2002, aos 40 anos de idade, após a disputa de mais uma Taça Libertadores, Mauro Galvão decidiu encerrar a sua vitoriosa carreira.
Perdigão
O atleta recebeu este apelido em virtude de seu pai trabalhar na empresa produtora de alimentos frigoríficos, Perdigão, durante sua infância.
A passagem mais marcante no futebol, foi no Internacional. Perdigão foi contratado pela equipe colorada em 2005, depois de um bom campeonato gaúcho pelo 15 de Novembro, de Campo Bom, quando foi vice-campeão com a equipe do Vale dos Sinos.
No Inter, participou dos vice-campeonatos brasileiro de 2005 e 2006 e dos grupos que conquistaram a Copa Libertadores e o Mundial Interclubes em 2006, e a Recopa Sul-americana em 2007.
Apesar de ser transferido para o Vasco da Gama em 2007, e de ter marcado apenas um gol e sua passagem por Porto Alegre, Perdigão ainda continuou sendo benquisto pela maior parte da torcida do Internacional.
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