Embora a diminuição de R$ 0,27 por litro seja imediata para as distribuidoras, a adaptação nos postos urbanos do estado pode levar algum tempo.
Joel Fernandes, vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Minerais de Florianópolis (Sindópolis), explica que o diesel tem uma rotatividade menor nos postos urbanos, o que pode retardar a atualização dos preços. Isso se deve ao fato de que o combustível ainda presente nos postos foi adquirido a preços mais elevados.
Nos postos localizados em rodovias, com maior movimento de caminhões e, consequentemente, uma rotatividade mais rápida, a redução pode ser repassada aos consumidores mais prontamente, uma vez que a aquisição do combustível com os novos valores ocorrerá de forma mais ágil.
A Petrobras comunicou uma diminuição de R$ 0,27 por litro no preço médio de venda do diesel A para as distribuidoras, estabelecendo o valor em R$ 3,78 por litro. A empresa justifica o ajuste como resultado de análises do mercado internacional.
Considerando a obrigatória mistura de 88% de diesel A e 12% de biodiesel na composição do diesel comercializado nos postos, a contribuição da Petrobras no preço ao consumidor terá uma redução de R$ 0,24 por litro, chegando a uma média de R$ 3,33 por litro na bomba.
O preço médio do diesel S10 nas bombas em Santa Catarina, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil (ANP), é de R$ 6,14, enquanto em Florianópolis atinge R$ 6,27. No entanto, o valor final para o consumidor é influenciado por diversos fatores, como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro na distribuição e revenda.
Joel Fernandes destaca ainda que a reoneração dos impostos programada para 1º de janeiro de 2024, com um acréscimo previsto de R$ 0,35 nos preços, também impactará o custo final para os consumidores.