Em 19 de abril, comemora-se o Dia do Índio. E para aproveitar esta data que é marcante na cultura nacional, a Secretaria Municipal de Assistência e Bem Estar Social de Major Gercino, através da equipe do Cras – Centro de Referência da Assistência Social – realizou uma importante ação na aldeia Tekoa-Vya, no bairro Itereré, durante a quarta-feira, 24.
O principal objetivo foi de atender as demandas do Paif – Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – realizados pela equipe de referência do Cras, como assistente social e psicólogo, que é de caráter obrigatório do município. A ação também contou com a presença da nova secretária de Assistência e Bem Estar Social, Fátima Koneski Batisti.
De acordo com a assistente social, Sílvia Martins Santiago, a Política Nacional de Assistência Social preconiza o atendimento de famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade social, em risco pessoal e social. Com isso, é dever da Política de Assistência Social, no âmbito do município, atender e acompanhar às famílias indígenas, dentro dos serviços ofertados, respeitando às particularidades e peculiaridades da cultura indígena.
Bolsa Família
Cada família teve o cadastro realizado e as demandas foram levantadas pela equipe do Cras para, posteriormente, serem atendidas e acompanhadas. Também realizou-se a atualização dos cadastros únicos, que dão acesso ao programa Bolsa Família, pela equipe de referência do programa no município. Sendo assim, está garantida a transferência de renda às famílias da aldeia.
O caráter da ação é permanente e continuada, e deve se repetir a cada três meses, dentro dos critérios estabelecidos da Política Nacional de Assistência Social, que garante a prioridade no atendimento e que seja preferencialmente no território das pessoas indígenas, na própria aldeia.
O cacique André Benite se disse satisfeito com esta aproximação entre a Assistência Social e a aldeia.
Escola Indígena
A aldeia Tekoa-Vya conta com 29 famílias e 140 índios. Eles estão há dez anos em Major Gercino, e são oriundos da região do Morro dos Cavalos, em Palhoça. Foram transferidos para cá, após o processo de duplicação da Rodovia BR 101, que atingiu terras indígenas.
Fábio Macena veio de São Paulo há quatro anos. Ele é professor-orientador e planeja as aulas na Escola Indígena, além de orientar os demais profissionais. A educação local está inserida na Rede Pública Estadual de Ensino, endo que o Governo do Estado fornece professores, merenda e material didático.
As aulas são planejadas de acordo com os costumes e a cultura. A criança indígena frequenta a escola a partir dos seis anos, onde aprende a língua portuguesa. Somente a partir do quarto ano é que começa a escrever em guarani, língua já dominada desde o nascimento.