Um nasceu e foi até vereador em São João Batista; o outro, nascido em Major Gercino e criado no Bairro Colônia. Da fotografia das Eleições 2018, Mário Marcondes (MDB) não conseguiu votos para se reeleger, e Altair Silva, do Progressitas, garantiu vaga na Assembleia Legislativa.
Para Marcondes, no entanto a derrota veio com temperos amargos. Sofreu um forte revés no seu local de origem. Fez pouco mais de 350 votos contra os 1.270 da eleição de 2014. Altair Silva também encolheu a votação em São João Batista, ainda assim se manteve acima dos 1000 votos.
Movimento de candidaturas na cidade desde o início do ano já mostravam que os dois nomes teriam dificuldades em repetir votação de 2014 na cidade. Isso porque houve pulverização de candidaturas, com lideranças se dividindo em apoio a vários nomes. Estimativa era que essas articulações impactaria nas votações.
Mais do que a baixa votação em São João Batista, a surpresa ficou pela não reeleição de Mário Marcondes. Ele tinha campanha articulada e apesar de analistas apontarem que ele enfrentaria dificuldades em razão das mudanças de partidos, não era previsível que ficaria fora. Mário foi eleito pelo PR, migrou para o PSDB e neste ano pulou para o MDB. Pode ter custado sua eleição.
Por outro lado, Altair Silva se manteve fiel à base que garantiu sua suplência em 2014 e estreitou laços com lideranças locais. No período que ocupou cadeira na Assembleia aproveitou para aprofundar o relacionamento com os municípios. Em São João Batista, por exemplo, foi fundamental para conserto da cratera na SC-410 e também na criação da lei que reconheceu Colônia como sendo pioneira da imigração italiana.
Com laços firmes com a cidade, Altair pode se tornar a principal voz da região na Assembleia. E a votação recebido dos batistenses habilita as lideranças a baterem o chão da trilha ao gabinete do deputado.