No dia 25 de outubro de 2017, a Administração Municipal de Canelinha assinou a ordem de serviço da reforma da Casa Sant’Anna, patrimônio histórico cultural do município. Ali se iniciava o sonho de transformar a área em um parque municipal.
No dia 17 de maio de 2018 foi iniciada a limpeza e a terraplanagem do perímetro para a construção do gradil, para o fechamento da área que contemplaria o futuro parque municipal. O fechamento foi realizado nas extremas dos imóveis: Avenida Joaquim José de Santana, Rua Oscar Santana e a SC-410.
A Casa Sant´Anna, inaugurada no dia 7 de setembro de 2019, deu vida ao espaço. Em 2020, o terreno recebeu mais uma obra: o Parque Infantil Municipal, inaugurado no dia 08 de março.
Mesmo em meio a pandemia do COVID-19, as obras no parque municipal tiveram continuidade com o início da construção da pista de caminhada com ciclovia no dia 26 de maio. Agora, com a obra em ritmo acelerado para sua finalização, o parque municipal também vai contemplar uma quadra poliesportiva de areia, uma quadra de basquete, uma pista de bicicross, duas quadras de squash, dois espirobol e barras para alongamento e aquecimento. Será um espaço para as famílias, onde poderão usufruir de diversão e dos esportes. Espaço este que, além de proporcionar lazer, futuramente poderá sediar eventos da educação, cultura e do esporte.
Parque Municipal ganha forma e ganha nome
Neste momento, por conta do coronavírus, não é possível realizar a inauguração da obra aberta ao público. Mesmo assim, é importante que as benfeitorias sejam oficialmente entregues à comunidade.
O parque municipal receberá o nome da Professora Emília de Simas Montibeler e será entregue virtualmente, através de um vídeo nas redes sociais e no youtube da Prefeitura de Canelinha, disponível no dia 12 de agosto. A previsão de abertura do parque municipal será no dia 13. Mesmo à distância, celebraremos esta grande conquista de todos os canelinhenses.
Professora Emília de Simas Montibeler
Viveu sua infância e cursou a escola de 1º a 4º série em Terra Nova, Tijucas. Continuou seus estudos no Colégio Interno Espírito Santo, da Congregação das Irmãs da Divina Providência, em Tijucas, nos anos de 1939 a 1943, onde formou-se no Curso Regional, habilitando-se como professora de 1ª a 4ª série.
Procurando sempre se atualizar, estudou formando-se no Curso Normal Regional Artur Cavalcante do Livramento, na Escola Estadual Cruz e Souza, em Tijucas. Fazia o percurso de Canelinha a Tijucas diariamente de carroça. Tempos difíceis, mas sua coragem e determinação venceram os dois anos de estudos, formando-se em 15 de dezembro de 1949.
Iniciou seu trabalho como professora primária no ano de 1944, aos 19 anos, na Escola Estadual de Campo Novo, em Tijucas, conforme portaria no Diário Oficial de 8 de fevereiro de 1944.
Em 27 de julho de 1946, aos 21 anos, casou-se com Ernesto Montibeler, nascido em Tijucas. Tiveram nove filhos: Maria Estela, José César, Valter Luiz, Pedro Paulo (in memoriam), Maria Lurdete, Moacir, Ernesto Filho, Cleusa Terezinha e Francisco de Assis.
Em 1948 foi nomeada para lecionar na Escola Estadual de Porto do Moura, distrito de Canelinha, município de Tijucas, onde permaneceu até 1962.
Foi admitida na Rede Estadual de Educação como Regente de Ensino Primário pelo em 1950. Em 1963 foi lotada na Escola Reunida Cartório Florentino da Silva, no bairro da Índia, onde trabalhou como professora e diretora até 1968. Aposentada, também trabalhou como professora substituta no Grupo Escolar Professora Minervina Laus em 1964.
Nos anos 1950 e 1960 trabalhou como voluntária junto com outros professores nas Campanhas de prevenção e combate à malária.
Uma mulher à frente de seu tempo, cristã, católica fervorosa, atuante na vida da comunidade. Junto com seu marido Ernesto, muito ajudou nas campanhas para a construção Igreja Matriz de Sant´Anna, atuando nas comissões paroquiais, sempre que eram solicitados. Na mesma Igreja atuou como evangelizadora e catequista por 40 anos, e foi uma das fundadoras e coordenadora do Apostolado da Oração.
Sempre presente nos momentos importantes de Canelinha, participou da cerimônia de instalação do município, no dia 23 de dezembro de 1962, tendo sido signatária da respectiva ata.
Emília e Ernesto estiveram casados por 66 anos, educaram seus filhos na fé, na alegria, trabalho e disciplina, respeitando a Deus e aos semelhantes, incentivando sempre a participação na vida da comunidade.
Faleceu em 30 de janeiro de 2013, aos 88 anos, deixando esposo, oito filhos, dezessete netos e nove bisnetos.
Uma vida dedicada à família, à educação, à igreja e a comunidade de Canelinha.