
Nesta quarta-feira, 9 de abril, o Ministério da Educação (MEC) divulgou os dados do Censo Escolar 2024, revelando avanços significativos na educação pública brasileira. O destaque foi o crescimento de 12% nas matrículas do ensino médio integral em comparação ao ano anterior. Com isso, 163 mil novos alunos passaram a fazer parte dessa modalidade, que oferece uma jornada ampliada de até nove horas e meia diárias.
O Brasil conta atualmente com 6,7 milhões de alunos matriculados no ensino médio público, dos quais 23,1% estão em regime integral. Apesar do aumento, essa proporção ainda não atinge a meta nacional de 25%. A expansão também foi observada nos anos finais do ensino fundamental, que passaram de 1,88 milhão de alunos em 2023 para quase 2 milhões em 2024.
Desafios regionais Enquanto estados do Nordeste, como o Ceará, lideram a expansão do ensino integral, algumas regiões enfrentaram retrações. São Paulo, por exemplo, registrou queda de 2% nas matrículas no ensino médio integral, com uma redução de 7 mil estudantes. Outros estados, como Rondônia e Roraima, também apresentaram recuos.
Recorde de professores O Censo 2024 também trouxe boas notícias sobre os profissionais da educação: o número de professores atingiu o maior patamar da história, com 2.367.777 docentes em atuação nas redes pública e privada. A relação entre alunos e professores também melhorou, com uma média de um professor para cada 19,9 alunos no País. Em 2007, essa proporção era de 28 alunos por professor.
Além disso, o número de instituições de ensino básico teve um crescimento tímido de 0,5%, chegando a 179.286 escolas em todo o Brasil, interrompendo uma tendência de queda que persistia desde 2009.