
Um ciclone extratropical em alto-mar provocou nesta segunda-feira ventos intensos no litoral catarinense, com rajadas que ultrapassaram os 80 km/h, especialmente na Grande Florianópolis e no Litoral Sul. A Defesa Civil de Santa Catarina classificou o risco como moderado a alto para danos como destelhamentos, queda de árvores, galhos e prejuízos à rede elétrica.
No mar, a situação é ainda mais severa. Próximo à costa, as ondas variam entre 3,5 e 4 metros, podendo alcançar 4,5 metros na Grande Florianópolis e no Litoral Sul. Em alto-mar, as ondas podem superar os 6 metros. O risco para atividades como pesca, navegação, esportes náuticos e para a erosão costeira é considerado muito alto.
A formação do ciclone ocorreu nas primeiras horas do dia e se afastou para o oceano ao longo da segunda-feira, provocando ventos persistentes de quadrante sul e sudoeste. A Defesa Civil estimou que a velocidade média dos ventos na metade leste do estado é de cerca de 40 km/h, com rajadas entre 60 e 70 km/h. Em áreas costeiras, as rajadas ultrapassaram os 80 km/h.
O alerta das autoridades segue válido até quarta-feira, dia 30, com previsão de que as condições adversas no mar e os ventos fortes permaneçam pelo menos até terça-feira, dia 29. Também é previsto um declínio acentuado nas temperaturas devido à chegada de uma massa de ar frio e seco. As mínimas devem ficar abaixo dos 5 °C nas regiões do Grande Oeste e dos Planaltos, podendo se aproximar de 0 °C em áreas mais altas. No Litoral, as mínimas devem ficar em torno dos 10 °C.
Na Serra do Rio do Rastro, rajadas de vento chegaram a 132 km/h durante a manhã, evidenciando a intensidade do fenômeno. A Defesa Civil recomenda que a população evite a navegação, a pesca e a prática de esportes aquáticos enquanto persistirem as condições de ressaca. Caminhar ou pedalar na orla também não é indicado quando as ondas atingirem calçadas ou ciclovias. Em terra firme, a orientação é buscar abrigo longe de janelas, árvores, postes e placas.
Além dos riscos no mar, há chance de impactos em áreas urbanas, como destelhamentos e queda de estruturas. As autoridades seguem monitorando a situação e divulgando boletins atualizados com orientações à população.
A formação deste ciclone representa mais um episódio de tempo severo no litoral catarinense, reforçando a importância da preparação para eventos climáticos extremos que colocam em risco a segurança da população e das atividades econômicas ligadas ao mar.