“Quando somos abandonados pelo mundo, a solidão é superável’”, diz Augusto Cury. Talvez não para a jovem Daniele, órfão, morou na casa de três familiares, sofreu maus tratos e agora foi jogada de um barranco por quem deveria protegê-la. Um caso bárbaro registrado em São João Batista e que vem gerando indignação até em quem está acostumado a atender ocorrências de violência.
Daniele não tem mais mãe, já falecida. Abandonada, não tem mais ninguém, a não ser os serviços públicos que buscam solução para um crime cometido em São João Batista. Daniele Terezinha Oliveira, 20 anos, está hospedada no Hospital Monsenhor José Locks enquanto Assistência Social e Ministério Público definem o destino da jovem.
O caso também está nas mãos da delegada Rose Barbosa Serafim que está apurando as circunstâncias e envolvidos no crime. No Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas), ninguém quis dar detalhes. De acordo com a assistente Social, Cláudia Farias, o atendimento está sob sigilo e nenhum detalhe pode ser divulgado pelo órgão.
Daniele foi jogada em um barranco, no meio do mato, na Localidade de Colônia, interior de São João Batista na noite de sexta-feira (22). Foi abandonada por um tio. Os laços familiares da jovem já foram todos mapeados e o Ministério Público deverá ser acionado para ajudar na solução do caso.
Segundo informações apuradas pela reportagem, na sexta-feira um tio teria trazido Daniele do município de Guarapuava no Paraná, para a casa do avó que mora em na localidade de Águas Frias em São João Batista. Após negativa do avó em dar abrigo, o tio teria parado em uma área pouco povoada em Colônia e jogado ela de um barranco.
Autista, Daniele teria caminhado até uma pracinha e foi acolhida por um casal, que posteriormente entregou a jovem ao Conselho Tutelar, pois imaginavam se tratar de menor de idade. Um Boletim de Ocorrência foi registrado na Delegacia de Polícia Civil. Posteriormente ela foi encaminhada para o Creas.
Ela já teria morado com três tios e sofria maus tratos. Dois irmãos foram adotados por famílias de Blumenau. Os serviços de Assistência em Guarapuava também tem conhecimento da situação, mas se omitiram pois teriam que custear uma instituição de acolhimento. Não há informações sobre qual será o destino da jovem.