Cachoeira do Fernandes já foi um dos cartões-postais de São João Batista, e ponto de encontro de várias gerações. Agora está entregue ao abandono, e os sinais de destruição do patrimônio público estão por todos os lados. Gestão do espaço é da Prefeitura de São João Batista, que tem repassado para a iniciativa privada. Falta de regras e fiscalização permitiu destruição.
Por vários anos o local foi gerido por Ildo Manoel Costa, que se responsabilizava pela limpeza, conservação e segurança do local. Já no início de 2015 a Prefeitura de São João Batista resolveu fazer uma nova concessão e o espaço ficou abandonado. Até o fim de 2014, a Cascata do Fernandes chegava a receber 800 pessoas por fim de semana.
Abandono que vai gerar impactos aos cofres do município. No dia seis de novembro a Administração Municipal abriu licitação para reforma. Após concluídos os reparos o espaço será entregue para iniciativa privada. Uma licitação também foi aberta concedendo a permissão de uso do restaurante, para exploração comercial.
O estado de abandono da Cascata do Fernandes foi levado ao plenário da Câmara de Vereadores na segunda-feira (23). Vilmar Machado relatou que a sala que era utilizada para uso de estudantes, está com as janelas quebras e chove dentro. Mesma situação é detectada no bar. “Um lugar sem dono”, disse.
Lixo também está acumulado ao lado do restaurante. Situação do deck representa riscos a quem frequenta o local. “Tomara que não. Mas chegando o verão, uma criança coloca o pé ali, corre o risco de perder uma perna”, relata Vilmar Machado.
Na licitação aberta pela Prefeitura de São João Batista para reforma da estrutura, está exposta a destruição do patrimônio. De acordo com documento oficial, na cobertura do restaurante serão lavadas todas as telhas, “até que sejam removidas todas as sujeiras nelas, de preferência com lava jato e produtos que ajudem a remoção das impurezas”. As telhas serão removidas para verificação e reforma.
Inseticida e fungicida será passado no madeiramento, e óleo queimado para garantia da vida útil da madeira. “Após a estrutura pronta será colocada novamente às telhas que haviam sido retiradas e em seguida cimentada e assentada à cumieira”, diz a descrição. Além do telhado a prefeitura deve reformar o foro, revestimentos, trocar as janelas e portas. Paredes e instalação elétrica também serão modificadas, de acordo com a licitação.
Fotos: Tomaz Ferrari