Ela ainda era uma menina, podia ainda não saber muito sobre a vida, mas, se tinha algo que ela não podia ver eram animais maltratados ou abandonados. Joana Zunino, 35 anos, mora no bairro Fernandes, em São João Batista e desde muito cedo defende a causa animal. Paixão essa que lhe fez se aperfeiçoar, se dedicou, estudou e é formada em Ciências Biológicas.
Joana recorda que o primeiro animal que resgatou foi aos oito anos de idade. A cachorrinha estava cheia de feridas, bichos e ainda prestes a dar a luz a uma ninhada de filhotes.
Depois desse dia, ao encontrar um animal na rua, com frio, fome ou sede, ela nunca hesitou em ajudar. Sobre os resgates, ela já foi acionada para salvar os mais variados tipos de bicho. Na cidade de São João Batista e até mesmo redondezas ela é conhecida por nunca deixar um animal ao relento ou correndo riscos fora do habitat natural. Sejam gatos, cachorros, passarinhos, ou até mesmo animais silvestres como gambás e tamanduás ela já foi chamada para resgate. Nesses casos, ela salva e encaminha para instituições responsáveis.
Outro fato que chama a atenção nessa trajetória de luta animal foi de um período onde as pessoas colocavam filhotes de gatos e cães dentro dos sacos de lixo para serem descartados. Ela trabalhava no Correios e muitas vezes durante o trajeto viu sacos se mexerem e ao abri-lo se deparava com filhotes de cães e gatos. Imediatamente os soltavas para que pudessem se salvar.
Apaixonados por animais fundam a ABPA
A ABPA – Associação Batistense Protetora dos Animais – nasceu de um grupo da cidade, que não se conformava em ver animais abandonados e maltratados pela cidade. Hoje, de maneira voluntária, esse grupo faz campanhas de conscientização, feirinhas para adoção consciente, castrações e algumas vezes chegam a dar um lar temporário. Joana Zunino é uma dos membros fundadores.
Amor pelos animais
O amor pela natureza e animais é tão expressivo, que para morar, Joana e a família escolheram um sítio, rodeado por árvores, animais e o correr das águas da cachoeira do Fernandes. Nesse espaço, hoje ela três cães, esses com alguma deficiência, bichos que foram ‘rejeitados’ pelo problema físico. Na casa da mãe dela também há outros animais que sofrem pelo mesmo problema, ao todo, nas duas casas a soma é de quase 20 animais. “São todos debilitados, mas lhe sobram algo muito maior, amor e carinho, e, é disso que os bichos precisam, serem bem cuidados, terem atenção e amor, depois, a única coisas que eles fazem é retribuir”, concluí.