Às 16h de segunda-feira, 14 de novembro de 2016, está previsto o pouso do helicóptero, conduzindo o Príncipe e outras autoridades, no gramado do campo de futebol da localidade de Colônia em São João Batista. A comitiva se dirigirá a Igreja São José, onde participa de cerimônia com a comunidade local e convidados.
Organizador da visita do Príncipe Imperial do Brasil a Santa Catarina, o historiador Paulo Vendelino Kons, natural de São João Batista (Arataca) e que residiu na Colônia em 1976, informa que “além de fazer justiça histórica à pioneira colônia de italianos no Brasil, pois muitas fontes historiográficas e grandes mídias omitem o fato, queremos mais intensamente resgatar e perenizar a memória dos 132 imigrantes católicos do Reino da Sardenha que, no ano da graça do Senhor de 1836, instalaram a colônia Nova Itália. E a vinda do Príncipe melhor vincula a efeméride ao contexto do Bicentenário da Proclamação da Independência e da fundação do Império do Brasil”.
Pároco da Paróquia São João Batista, Padre Élio Luis Grings está empenhado em organizar, juntamente com a comunidade, a recepção a Dom Bertrand. O Corregedor-Geral do Ministério Público (MPSC), Procurador de Justiça Dr. Gilberto Callado de Oliveira e o presbítero Anderson Batista da Silva, da Arquidiocese de Niterói/RJ integram a comitiva do Príncipe Imperial, juntamente com outras autoridades estaduais e regionais.
Dom Bertrand vem a Santa Catarina também para proferir a conferência inaugural do Ciclo de Conferências Magnas Temáticas, às 19h do mesmo dia, no Teatro do Centro Empresarial, Cultural e Social de Brusque, marcando o bicentenário da Independência e da fundação do Império.
O Príncipe Imperial do Brasil nasceu em 2 de fevereiro de 1941 no sul da França, onde o exílio da família imperial brasileira e a II Guerra Mundial retiveram seus pais. O Príncipe veio para o Brasil logo após o término do conflito. Realizou a parte final de seus estudos secundários no Colégio Santo Inácio, dos padres jesuítas, no Rio de Janeiro. Cursou a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), formando-se advogado em 1964.
Desde muito jovem, recebeu formação católica, tendo realizado frequentes viagens à Europa, uma das quais se deu durante toda a primeira Sessão do Concílio Ecumênico Vaticano II, quando o jovem Príncipe tomou estreito contato com a intelectualidade católica acorrida a Roma para o magno evento. Piloto civil, é reservista da Força Aérea Brasileira (FAB). Quanto à soberania nacional, Dom Bertrand alerta sobre os perigos contra os direitos nacionais sobre a Amazônia. Pela mesma razão julga imperioso prestigiar o militar e o policial contra as campanhas que visam ao descrédito das Forças Armadas.
A Colônia Pioneira
A Colônia Nova Itália (também conhecida por Dom Afonso) foi instalada no ano da graça do Senhor de 1836, com a chegada da Europa de 132 imigrantes católicos do Reino da Sardenha, sob a liderança do italiano inglês Carlos Demaria e do suíço Henrique Schutel, no médio vale do Tijucas Grande. Este território então pertencente ao município de São Miguel, que fora criado em 17 de maio de 1833.
A freguesia (paróquia) de São Miguel da Terra Firme, criada em 1748, e que deu origem ao Município de São Miguel (desde 1910, Biguaçu) constituiu-se na primeira das três freguesias (paróquias) criadas na então capitania de Santa Catarina, juntamente com as freguesias da Lagoa da Conceição (1750), na Ilha de Santa Catarina e de Nossa Senhora do Rosário de Enseada de Brito (1750), no território do hoje município de Palhoça.
Para que há exatos 180 anos fosse instalada a Colônia Nova Itália, o governo provincial catarinense fez aos empreendedores uma concessão especial de mil braças, com caráter provisório e ainda não demarcadas, à qual foi posteriormente acrescida outra de duas léguas em quadro, compreendendo as duas margens do rio Tijucas Grande.
Informações da Assessoria de Imprensa