Por meio do projeto “Esquenta Orelha”, as escolas da rede municipal de ensino de São João Batista resgataram, ao longo dos últimos meses, os primórdios da indústria calçadista no município. Após oficina de formação realizada em maio, cada unidade ganhou autonomia para desenvolver o tema junto a estudantes do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental.
Visitas a fábricas de calçado e bate-papos com empresários que auxiliaram a construir a história do calçado em São João Batista estiveram entre as estratégias adotadas pelas escolas. Assim como a realização de trabalhos multidisciplinares, que contemplaram a elaboração de poesias, desenhos, peças teatrais e pesquisas sobre o assunto.
E, até mesmo, produção de calçados com materiais diversos, criação de maquete de uma esquenta orelha e de um jornal com matérias alusivas ao tema. Cada unidade escolar, ao longo desta semana, está efetuando a exposição dos trabalhos desenvolvidos a partir de proposta apresentada pela Secretaria Municipal de Educação e pela Fundação Municipal de Cultura e Juventude (Funjuve).
As atividades desenvolvidas nas escolas complementam o projeto “Identificação dos Mestres Artífices e Saberes Tradicionais de São João Batista/SC”, que prevê também a montagem de um cenário itinerante recriando uma “esquenta orelha”. A estrutura, que está construída sobre um container com dimensões de 2,5 metros por 3 metros, deve ser finalizada até o fim deste ano.
O trabalho está sendo custeado com recursos provenientes do Edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura, promovido pelo Governo do Estado de Santa Catarina, por meio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC). O projeto, que tem a coordenação técnica/executiva do pesquisador cultural Wellington Linhares Martins, foi um dos selecionados na categoria Patrimônio Imaterial – Eixo Produção/Difusão da edição de 2019, sendo contemplado com R$ 30 mil.