O título Mulheres do Ano, que é a Resolução 02/2014 será entregue no dia 08 de março, Dia Internacional da Mulher, às 20h, na Câmara de Vereadores de São João Batista, onde 11 mulheres receberão a honraria por se destacarem na cidade pelos serviços sociais, voluntário ou por de alguma forma terem contribuído com relevantes serviços prestados a comunidade.
Rose Mary dos Santos Oliveira:
Ela era apenas uma garotinha quando começou a espalhar o bem ao próximo. Rose Mary dos Santos Oliveira, 57 anos, era companheira da avó Guilhermina, quando moravam no bairro Fernandes, em São João Batista. Na época ela junto da avó visitavam os doentes e pessoas idosas da localidade, levavam comida a quem precisava, pois naquele período os doentes e idosos não conseguiam trabalhar para se sustentar, pois não havia aposentadoria.
Ela cresceu com esse sentimento e até hoje é envolvida com serviços voluntários na cidade. Em 1982 começou a dar catequese aos crismando da Igreja Católica Matriz, função essa que exerceu até ano passado. Parou, pois um irmão ficou doente e precisou se dedicar mais a família.
Há 17 anos, junto ao Padre José Edgard de Oliveira e outros membros participou da fundação do Grupo de Escoteiros da cidade, onde cuidou e organizou toda a parte burocrática para início das atividades. Depois se afastou para ingressar em outras atividades voluntarias.
Como catequista de Crisma, com a vinda do padre Celso Antônio Marquetti, o pároco percebeu que não havia na cidade a catequese para os adultos, foi então que ela e a colega Maria Cristina Zunino de Oliveira, começaram a acolher os que haviam se afastado da igreja não tinham recebido o sacramento e lhes catequizava. Nessa ação atuou até o ano passado.
Em 2012 recebeu o convite para ser Ministra Extraordinária da Sagrada Comunhão e desde então realiza o trabalho de visitar os doentes e idosos que não conseguem ir até a igreja receber a hóstia sagrada.
Porém, o que lhe enche de emoção é o trabalho que desenvolve com os haitianos, uma ação realizada movida pela palavra gratidão. Com as fotografias em mãos mostra os registros de quando visitou a ilha do Haiti junto as freiras missionárias. Elas foram conhecer a metodologia de ensino aplicada no país, onde as crianças dominavam três línguas e mais o dialeto. “Nós fomos tão bem recebidas, um carinho enorme, um acolhimento enorme”, diz.
Em 2010 com o terremoto avassalador, muitos haitianos que perderam tudo vieram para o Brasil. Quando eles chegaram em São João Batista foi o momento de retribuir, junto de mais voluntárias, entraram em contato com a Ufsc – Universidade Federal de Santa Catarina – e implantaram o Plam – Português como Língua de Acolhimento – na Escola Alice da Silva Gomes, no Centro, onde todos os sábados dão aula de Língua Portuguesa aos haitianos.