Fazem apenas três dias que a família Anjos, sepultou o pequeno César Luiz dos Anjos Neto, de sete meses. Em desabafo na rede social Facebook o pai diz que a família veem sofrendo com calúnias e desinformação sobre as vacinas do bebê. “Como se já não fosse suficientemente terrível as dores que estamos sentido em relação a perda de nosso “pingo”, ainda temos que ouvir as calúnias e desinformação de certos veículos de comunicação, da Secretaria de Saúde e de terceiros”, escreve César Luiz dos Anjos Júnior, o Cezinha dos Anjos, em um dos parágrafos da postagem.
O bebê faleceu após contrair meningite pneumocócia, uma meningite bacteriana causada pela bactéria Streptococos Pneumoniae. Ela apresenta sintomas parecidos com os da gripe inicialmente e se não for rapidamente diagnosticada e seu tratamento rapidamente iniciado pode levar a morte ou deixar sequelas permanentes.
Segundo o pai da criança, o bebê estava com as vacinas em dia, conforme calendário oficial de vacinação. Ele relata ainda que a criança recebeu as três doses da vacina pneumo 10, fornecida pelo SUS (Sistema Único de Saúde), vacina está que protege de dez tipos de bactérias. “Iríamos dar pra ele com 15 meses uma dose de reforço da pneumo 13, na qual não é disponibilizada pelo governo – faríamos isso em clínica. Tal vacina imunizaria mais 3 tipos de bactérias”, conta o pai.
César Luiz dos Anjos Neto, foi acometido de uma bactéria rara que causa a meningite pneumocócica. O pai explica que ele ainda não poderia ter tomado o reforço com a vacina pneumo 13, pois a mesma só pode ser administrada após um ano de idade. Apenas uma vacina foi dada com atraso de um mês, pois não foi encontrada em nenhuma clínica. O pediatra da criança informou que a vacina que previne a poliomelite + pentavalente + hepatite B, poderia ser dada com até seis meses de atraso.
O pai do bebê, explica também que a criança nunca encostou no piso do apartamento, ele sempre brincava em um tapete de PVC. “Tomei o cuidado de achar um que tivesse acabamento lateral, escolhi cada cor para que eu pudesse montar um mosaico bem colorido e estimulante com a grossura de 20 milímetros, pois pensei nas possíveis quedas que ele tomaria ao aprender a andar”, comenta César .
Ele finaliza a postagem com um apelo aos pais para manterem as vacinas em dia. “Mesmo que nosso bebê estivesse na época do reforço, provavelmente ele também teria pegado a meningite. Infelizmente foi uma bactéria que não é coberta pelas vacinas, mas poderia ter sido. Nosso bebê sempre foi muito saudável e bem cuidado. Isso tudo que aconteceu foi uma grande fatalidade, uma tragédia que nenhum pai, mãe ou familiar deveria sofrer” escreveu César .
César ainda realizou a postagem da imagem da carteira de vacinação do bebê.