
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a taxa de desemprego no país permaneceu em 5,6 % no trimestre encerrado em agosto de 2025, repetindo a menor marca da série histórica iniciada em 2012.
Esse índice representa uma queda em relação aos trimestres anteriores: era de 6,2 % no trimestre móvel anterior e de 6,6 % no mesmo período de 2024. Em termos absolutos, o número de pessoas desocupadas ficou em cerca de 6,1 milhões, o menor já registrado na série.
O estudo também mostra que a população ocupada atingiu 102,4 milhões de pessoas, um recorde. Entre os dados de emprego, o número de empregados com carteira assinada no setor privado chegou a 39,1 milhões, enquanto o total de empregados no setor privado ficou em 52,6 milhões. O emprego por conta própria também cresceu, atingindo 25,9 milhões de trabalhadores.
Além disso, a taxa de subutilização, que engloba pessoas desocupadas, subocupadas e potenciais trabalhadores disponíveis, recuou para 14,1 %, repetindo a menor marca da série. A população subutilizada ficou em cerca de 16 milhões de pessoas.
Para analistas, parte do desempenho favorável no mercado de trabalho decorre de contratações no setor de educação pública, especialmente nos níveis infantil e fundamental, que costumam ser temporárias ou com vínculos menos formais.
Embora os números sejam positivos, persistem questionamentos sobre a qualidade do emprego, rendimento real e distribuição regional das vagas. A informalidade continua sendo um desafio, já que muitos trabalhadores permanecem em ocupações com horas reduzidas ou sem proteção trabalhista plena.
Apesar das taxas favoráveis, o cenário exige atenção. A sustentabilidade desse desempenho depende de políticas econômicas que incentivem investimentos, ampliação de setores com maior geração de valor, qualificação profissional e mecanismos de proteção social. Também será importante observar os próximos levantamentos para verificar se essa estabilidade será mantida ou se haverá reversões em função de choques econômicos internos ou externos.