Audiência pública marcada para buscar soluções para o atendimento e fornecimento de energia em Canelinha revelou em números a situação do município. A inadimplência na fatura de energia ultrapassa os R$ 1,2 milhões, ainda assim a Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc), promete investir R$ 1 milhão na cidade durante o ano de 2017.
O faturamento mensal da empresa em Canelinha está na casa dos R$ 2,3 milhões. De acordo com Luiz Carlos Facco, chefe da agência regional da Celesc, a inadimplência em Canelinha é considerada uma das maiores do estado, em relação ao número de consumidores.
Reunião aconteceu na noite desta quarta-feira (10), na Câmara de Vereadores e foi convocada pelo presidente da Comissão de Obras e Serviços Públicos, Arlindo Simas. Participaram da mesa de debates os vereadores do município, o prefeito Moacir Montibeller, deputado Estadual Altair Silva, Luiz Carlos Facco, chefe da agência regional da Celesc, Adriano Luz, chefe da Divisão Técnica e Alexandre Moreira, chefe da Agência de Tijucas.
Canelinha possui 254 quilômetros de rede elétrica e 4.464 unidades consumidoras. Em 2016 a Celesc realizou 550 atendimentos de problemas relacionados ao fornecimento de energia. De acordo com o gerente da agência regional novos investimentos estão previstos e que deverão dar mais estabilidade ao fornecimento de energia na cidade.
O deputado Altair Silva (PP), que participou do ato, ressaltou a forma amigável que a audiência estava sendo conduzida e cobrou investimentos na área. “Vocês explanaram muito bem os dados da companhia e estão discutindo melhorias de uma forma muito harmônica, mas precisamos saber de fato o que pode ser feito para melhorar a distribuição e o atendimento no Vale do Rio Tijucas. Acredito que tudo pode melhorar com o esforço de todos”, frisou.
No último ano, o período que a população ficou sem energia atingiu a média de 12 horas/ano, sendo a maior parte das interrupções por abalroamento na rede. As tarifas também foram questionadas pela população e pelos empresários do município, pois os altos valores cobrados encarecem a produção, principalmente de tijolos e cerâmica, um dos nichos econômicos do município. Segundo os vereadores, por conta da oscilação da rede de energia, empresas estão repensando seus investimentos, ou saindo do município.