Produtores descarregando os caminhões e gente fazendo a feira. A rotina voltou ao normal no Ceasa de Santa Catarina na manhã de sexta-feira, 1, depois de praticamente esgotar os estoques, durante a paralisação dos caminhoneiros. Entre boxistas e produtores da agricultura familiar, são cerca de mil comerciantes de hortigranjeiros que comemoram o restabelecimento do trabalho.
“Estava um caos, não conseguia tirar o produto de casa e perdi muita coisa. Agora é recuperar o tempo perdido”, relatou José Back, produtor de Santo Amaro da Imperatriz que vende legumes.
Dona Isoli da Fonseca contou que só não teve mais prejuízos porque conseguiu transportar os produtos, mesmo em menor quantidade, de carro e por rotas alternativas. “É um alívio. O movimento está muito bom e a gente só espera que isso não ocorra novamente”, comentou.
Ceasa/SC
Para garantir um ritmo ainda maior no fluxo de comercialização, o presidente do Ceasa-SC, Agostinho Pauli, explica que será facultativo o trabalho no fim de semana (sábado, 2 e domingo 3 de junho) para aqueles produtores que ainda têm demanda reprimida para abastecer, principalmente, os supermercados. “Não será feita comercialização, mas os produtores que precisarem retirar seus produtos, nesta condição, estarão autorizados”, garantiu.
Conforme o presidente do Ceasa-SC, a unidade, embora tenha sido fortemente impactada pelo desabastecimento, não chegou a esgotar completamente, porque a produção da agricultura familiar catarinense corresponde a mais de 40% do estoque. Nesta sexta-feira, as cargas, especialmente de frutas, vindas das regiões Sudeste e Nordeste, que estavam represadas em meio ao movimento dos caminhoneiros, conseguiu chegar na unidade catarinense. “Rapidamente conseguimos recuperar o nosso abastecimento e já atingimos 90% da nossa capacidade de estoque”, informou Pauli.
Por decisão do governador Eduardo Pinho Moreira, o Estado deverá promover uma campanha para estimular o consumo de produtos catarinenses. A medida vai acelerar o processo de recuperação do Estado, após dez dias de prejuízos provocados pelas manifestações dos caminhoneiros em Santa Catarina.