Ao sinal da primeira trovoada, queda de energia. Essa é a realidade enfrentada em muitas localidades de São João Batista, e sentida especialmente pela moradora das margens da SC-108, Pérsia Regiane Lopes. As insistentes ligações da consumidora não tem sido o suficiente para que a Celesc solucione o problema. Os prejuízos da moradora tem sido grande.
Pérsia tem diversas chocadeiras, que são responsáveis pela encubação de centenas de ovos de frango caipira. De acordo com ela, a queda de uma ‘facão’ em posto próximo ao sítio é regular e em alguns casos a companhia de eletricidade chega há demorar três dias para fazer o reparo. “Esse é tempo suficiente para que todos os pintinhos morram na casca”, relata.
Na última vez que Pérsia tentou contato com a Celesc ficou mais de dois dias em ligações sequenciais, registradas através dos números discados no aparelho de celular. “Simplesmente não atendiam. Quando atenderam afirmaram que abririam um chamado para resolver o problema, mas nada foi feito”, disse.
Propriedade fica a margem da SC-108, que liga São João Batista a Brusque, e as faltas de energia elétrica na localidade se repetem com frequência nos últimos meses. Agora, Pérsia diz que vai tentar mobilizar os veículos de comunicação, além da justiça, para que a Celesc tome providências. “Estou tendo prejuízos sucessivos e nada é feito. Tratam com descaso”, lamenta.
A criadora de frango caipira, não é a única a sofrer com a falta de fornecimento de energia em São João Batista e região. Com rede antiga e baixo investimento por parte da companhia estadual, diversas localidades chegam a ficar mais de três dias sem fornecimento. Relatório de monitoramento em tempo real da situação da energia em Santa Catarina, mostra que as 16 horas desta sexta-feira (26), quatro unidades consumidoras estavam sem fornecimento de energia.
Na Colônia de Fora, no quilômetro 163 da rodovia, os problemas no fornecimento se estendem desde a trovoada registrada na região na terça-feira (23). De acordo com os moradores, a Celesc já esteve no local duas vezes e após a equipe sair do bairro, as quedas no fornecimento voltam a acontecer. A equipe de jornalismo da Super FM tentou contato com a Celesc na tarde desta sexta-feira, mas até fechamento dessa matéria não teve retorno.