Quarto maior polo calçadista do País, São João Batista sofre com os impactos econômicos da pandemia do coronavírus. Se por um lado a Capital Catarinense do Calçado segue sem nenhum caso confirmado da doença, por outro já contabiliza mais de duas mil demissões desde o início das medidas de isolamento social. Com os mercados nacional e internacional praticamente fechados, a projeção é que a crise possa se agravar ainda mais a curto prazo.
A situação foi apresentada na tarde desta quarta (08) pelo prefeito Daniel Netto Cândido ao deputado federal Daniel Freitas, que preside o Fórum Parlamentar Catarinense. Na reunião, realizada por videoconferência, ficou acordado que as demandas do município para minimizar os prejuízos serão debatidas com prioridade dentro Fórum, que é composto por todos os deputados federais e senadores de Santa Catarina.
“Precisamos de um olhar mais direto para o nosso setor. Nosso produto não é aquele essencial, que as pessoas vão priorizar em um primeiro momento. Por isso, a retomada vai ser ainda mais difícil. O município fez tudo o que estava dentro de sua alçada. Tem coisas, no entanto, que não dependem só de nós. Por isso fica aqui nosso apelo”, destacou o Chefe do Executivo Batistense.
Ele salientou, também, que a reabertura do comércio em Santa Catarina e em todo o Brasil é fundamental para que a indústria local volte a produzir. Também participaram do encontro virtual os presidentes da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de São João Batista, Anderson Marchi, e do Sindicato do Comércio Varejista do Vale do Rio Tijucas (Sincomvati), Wilmar Duarte Gomes. Convidado, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Calçados – Sintrical não participou e nem enviou representante. Já o Sindicato das Indústrias de Calçados – Sincasjb foi representado pela secretaria da entidade, Viviane Sardo. Um documento será encaminhado ao deputado oficializando as principais demandas da cidade.
“Estamos 100% à disposição para levar os pleitos do município para o governo federal. A situação de São João Batista tem tudo para virar um case nacional. É praticamente inaceitável que uma cidade, sem nenhum caso da doença, tenha duas mil pessoas demissões. Vamos atuar dentro do que nos cabe, cobrando muito neste momento tão desafiador”, afirmou Daniel Freitas, comprometendo-se também em levar a questão para o presidente Jair Bolsonaro.