Uma semana após a realização da 19ª Semana da Indústria Calçadista Catarinense (Seincc), o Sindicato das Indústrias de Calçados de São João Batista (Sincasjb) contabiliza os resultados e prospecta a próxima edição.
Neste ano foram 110 expositores e mais de mil visitantes nos três dias de evento, que ocorreu de 17 a 19 de setembro, no Centro de Eventos, em São João Batista. Para incentivar ainda mais, o Sincasjb trouxe para a feira os principais fabricantes de calçados de todo o Brasil. “Basicamente todos os principais polos de calçados do país estiveram aqui”, garante o presidente da entidade, Almir Manoel Atanázio dos Santos.
Um dos destaques da edição foi a organização dos expositores e a boa sinergia entre eles. “Isso só mostra que já há um clima melhor nas fábricas”, avalia o presidente.
Além da tecnologia de ponta apresentada pelos expositores, Santos comenta que o setor de componentes também trouxe os lançamentos para o outono-inverno 2020. “Nesta edição tivemos um salto de organização, tecnologia e inovação em São João Batista”.
O coordenador regional do Sebrae/SC na Foz do Itajaí, Sérgio Cardoso, esteve na Seincc no último dia. Bastante admirado e surpreso com a proporção da feira, ele conta que participa desde a primeira edição. “É uma feira impressionante. O Brasil precisa de exemplos como este. Esse é o Brasil que dá certo, Brasil de negócios que traz tecnologia e inovação. São João Batista, mais uma vez, é exemplo para Santa Catarina e Brasil”, afirma.
O diretor de logística da Piccadilly, Josué Kunst também esteve visitando a Seincc após já ter vindo em 2017. “É perceptível a evolução. A feira está bem representada pelo setor calçadista, e é uma evolução importante para a região”, comenta.
Ele afirma que a Seincc trouxe bastante novidades para o mercado, e a participação no evento foi importante para gerar novos contatos. “Uma surpresa positiva que tive foi durante a visita nas empresas da cidade. Ali foi possível notar claramente a evolução das indústrias. E fico muito contente em ver um processo industrial dentro de um padrão nacional da indústria”, diz.
Inovações em produtos
Os expositores da Seincc ousaram e trouxeram para o evento os maiores lançamentos de produtos do mercado.
A Himaco, do Rio Grande do Sul, por exemplo, lançou durante a feira a máquina injetora com capacidade de injeção direta no cabedal com material de PVC expandido. O supervisor de vendas, Leonardo Eich, explica que é algo inédito no mercado.
Além dessa nova função, a máquina permite o sistema tradicional. E também traz a opção de trabalhar com TPU, que é um PU termoplástico direto no cabedal. Outra novidade é que a máquina faz o monitoramento à distância. Tudo incorporado em um só equipamento.
“Este é o segundo ano que participamos da Seincc e as perspectivas são boas. É uma feira que abre alguns leques para o mercado e aqui, São João Batista, é um centro importante para nós. Creio que participaremos novamente no próximo ano”, diz.
A Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos para os Setores do Couro, Calçados e Afins (Abrameq) também participou da feira, levando seus associados. O gestor de projetos da entidade, Vinícius Fonte diz que sempre retorna para a feira, pois o saldo é bastante positivo. “São João Batista é um polo muito importante para o cenário nacional calçadista e para nossos associados, pois tem muito potencial”.
Ele explica que a Abrameq representa o setor brasileiro de máquinas para couro e calçados, e para a Seincc traz todas as soluções para todas as etapas do processo produtivo do calçado. “Sabemos que o empresário e até mesmo o profissional se depara com uma série de problemas e desafios e se questionam em como melhorar a eficiência e se tornar mais competitivos. Por isso, viemos para cá porque esse desafio também é nosso, e queremos encontrar juntos a melhor solução para atender essa necessidade”, diz.
A Roberpack também apresentou uma grande inovação sustentável durante a Seincc. A empresa foi inovadora na linha de embalagem com uma máquina que substitui a caixa de papelão por embalagem plástica. “Ela vai substituir o corrugado com uma economia utilizado plástico de 80%”, destaca o empresário Roberto Carlos Ostrzyzeck.
Ele informa que, hoje, as caixas têm um custo mais alto e o plástico possui uma sustentabilidade maior no processo de ecologia e reciclagem comparado ao papelão. “Além de agregar valor econômico, a máquina traz algo que todo mundo está buscando, que é a sustentabilidade no país”, frisa.