O início do ano letivo em Santa Catarina está marcado para o dia 22 de fevereiro. A data, no entanto, pode não ser cumprida caso os professores não cheguem a um entendimento com o Governo do Estado. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Rede Pública Estadual (Sinte/SC), se reúnem no dia 15, e não está descartado que a categoria entre em greve.
Professores acusam o governador Raimundo Colombo (PSD), de não atender os acordos firmados, entre eles a retirada do registro de faltas dos servidores. “A reunião do conselho servirá para avaliarmos os próximos passos. A pauta de greve não foi levantada, mas não descartamos esta possibilidade se for o entendimento dos sindicalistas”, explica a secretária do Sinte, Claudete Mittmann.
A decisão deverá ser tomada após o dia 17, quando os professores volta às atividades nas escolas, antes dos alunos. Membros do sindicato defendem que as aulas não deveriam iniciar, mas vai depender das conversas coletivas em assembleias. Se confirmada a paralização, será um novo atraso no ano letivo, que já teve a data empurrada para o dia 22.
De acordo com o Sinte, o Governo do Estado deixou de cumprir vários acordos, o que vem gerando mais descontentamento entre os professores é a lei que teria desvalorizado o salário dos docentes, com os reajustes congelados até 2018. “É revoltante. Não é só uma questão dos valores, mas a falta de respeito com a educação”, lamenta a coordenadora.
Na última terça-feira (2), Raimundo Colombo afirmou que fará de tudo para trabalhar na derrubada do reajuste do Piso do Magistério Nacional, que prevê 11,36% de aumento em 2016, junto com os outros governadores. O anunciou gerou indignação na categoria.
A última greve registrada no Estado ocorreu entre 24 de março a 3 de junho de 2015. Cerca de 5% dos professores ficaram fora das salas de aula. Já o Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Rede Pública de Ensino do Estado de Santa Catarina (Sinte-SC) informou que a adesão foi de 20%.