O baixo número de cirurgias eletivas realizadas em Santa Catarina e as propostas de mudanças no Sistema Único de Saúde (SUS) ganharam destaque na sessão de quarta-feira (9) da Assembleia Legislativa.
“No ano passado foram liberados para o estado R$ 8 milhões para cirurgias eletivas, daria para fazer mais de 10 mil cirurgias”, afirmou Serafim Venzon (PSDB), que comparou as cerca 2,7 mil cirurgias eletivas realizadas no estado em janeiro e fevereiro de 2018, com as 9,5 mil do Paraná e as sete mil do Rio Grande do Sul feitas no mesmo período.
Venzon cobrou mais agilidade nas cirurgias e pediu ao governo do estado que autorize os procedimentos eletivos nos hospitais das pequenas cidades.
“Para conseguir manter o corpo funcional do hospital, a melhor maneira é fazer procedimentos eletivos, enquanto a equipe aguarda uma emergência pode fazer algum procedimento, ajudando o hospital e fazendo o recurso voltar para a região”, argumentou Venzon.
Já Ana Paula Lima (PT) criticou a proposta da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) de limitar a atuação do SUS à atenção básica.
“Ao propor um outro sistema, a Febraban quer a transferência de recursos do SUS para os planos de saúde, que ficariam responsáveis pela alta e média complexidade que dá mais dinheiro, mas somos contra, defendemos o SUS”, afirmou a deputada.
Segundo a representante de Blumenau, em 30 anos o SUS “desenvolveu uma complexa engenharia de gestão e financiamento que envolve a União, os 27 estados e os mais de 5 mil municípios, descentralizando as ações e levando em conta as peculiaridades de cada região”.