Professores que poderiam ser contratados em ACT – Admitidos em Caráter Temporário – pela Rede Pública Municipal de Ensino de São João Batista reivindicam informações sobre as possíveis mudanças na Educação da cidade. Eles temem que haverá alterações nas creches municipais, o que diminuiria o número de vagas dos profissionais da área.
Por exemplo, atualmente há dois professores por classe e por período, sendo dois de manhã e dois à tarde. Para diminuir custos, o prefeito Daniel Netto Cândido (PSD), enviou ao Poder Legislativo, um projeto para que, ao invés do segundo professor em sala de aula, que tenha um atendente, ou seja, com salário bem menor. Atualmente, o piso salarial de um professor efetivo é de R$ 2.289,00, sendo que o atendente deverá receber um salário mínimo de R$ 937, 00. No entanto, ACTs habilitados com 30 horas recebem em São João Batista R$ 1.601,73 e sem habilitação pelo mesmo período é no valor de R$ 1.120,23. O uso de atendentes e/ou monitores já acontece em alguns municípios como Tijucas, Nova Trento, Guabiruba e Brusque, por exemplo.
No início da tarde de quarta-feira, 18, aproximadamente 40 professores reivindicaram informações da secretária de Educação, Roseli Peixer Tomasoni. Ela se ausentou da Secretaria e se dirigiu ao prédio do Paço Municipal, onde se reuniu com o prefeito Daniel.
Na manhã de quinta-feira, 19, uma nova manifestação vai ocorrer, onde os professores estarão munidos de cartazes e faixas. “Agora será a hora da professora Rúbia Tamanini estar em prol da nossa classe, a dos professores”, relatou para a reportagem uma das manifestantes, sem se identificar.
Poder Público
De acordo com a Prefeitura Municipal de São João Batista, o prefeito e a secretária vão se reunir com os professores, para explicar a situação financeira e falar sobre as mudanças. Mas, os ACTs dizem que a reunião será apenas com os efetivos.
Já na segunda-feira, 23, às 10h, a Prefeitura fará uma entrevista coletiva para a imprensa, onde explicará sobre o assunto.