A Fecomércio SC reuniu no início da tarde desta segunda-feira parlamentares, sindicatos filiados, empresários do setor terciário e imprensa para apresentar as ações da entidade, do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (Senac) e os impactos do confisco de 30% do orçamento em Santa Catarina. O evento faz parte do calendário anual de atividades da entidade para fortalecer a base de atuação do Sistema no Estado. Entre os representantes da classe política, o senador Paulo Bauer (PSDB/SC), os deputados federais Edinho Bez (PMDB/SC) e Jorginho Mello (PR/SC) manifestaram apoio à entidade na rejeição a uma possível medida provisória que contingenciará os recursos.
O prefeito de São João Batista, Daniel Netto Cândido, e o secretário de Desenvolvimento da cidade, Plácido Vargas, além das lideranças do Sindilojas, Singa, Secovi, Sicovafarma, Sindatac, Sirecom, Sincamesc, Sindloc, Sindepark, Sincopeças e Sincomvati também estiveram presentes e reforçaram o coro em favor do Sistema S. Nas duas últimas semanas, as confederações e federações vêm articulando estratégias para barrar o corte em todos os estados e junto às bancadas do Senado e da Câmara.
O impacto social da redução do repasse de recursos às entidades é incalculável, conforme afirma o presidente da Fecomércio SC Bruno Breithaupt. “Esse confisco não pode acontecer. É preciso fazer cortes na carne, mas não na nossa carne. Os maiores investimentos do Sesc e Senac estão concentrados na educação infantil e no ensino fundamental. Nossa meta é ter o melhor ensino fundamental do Estado, quiçá do país. Com esta proposta, o governo quer criar barreiras para um projeto que realmente traz frutos ao país e interferir no futuro de milhares de estudantes, trabalhadores e suas famílias. As atividades e cursos oferecidos pelo Sesc e Senac abrem caminhos para formação, qualificação profissional e geração de emprego, moedas valiosas em tempos de crise”, afirma.
No Sesc SC, a oferta de serviços em 2016 deverá ser remodelada em todas as unidades. A equipe de planejamento projeta a redução de 48 mil consultas odontológica; cancelamento de serviços como psicologia, massoterapia, nutrição e acupuntura; 350 bolsas de estudos a menos na educação infantil e educação fundamental; além da diminuição de 2,4 milhões em ações socioeducativas, o que significa 4 mil apresentações artísticas a menos em SC e 2 mil alunos que deixarão de fazer a iniciação esportiva.
Para ampliar a articulação em defesa do Sistema S, a Fecomércio SC integra uma frente catarinense liderada pelo Conselho das Federações Empresariais de SC, que reúne também a FIESC, FAESC, FACISC, FAMPESC, FCDL/SC e FETRANCESC. Na última sexta-feira, as entidades enviaram um ofício à bancada catarinense em Brasília alertando sobre os reflexos do corte e pedindo o apoio aos parlamentares.
RENALEGIS SC
A Renalegis SC – Rede Estadual de Assessoria Legislativa também foi lançada durante o Giro pelo Estado, em Florianópolis. Por intermédio deste instrumento de parceria entre a Fecomércio e os Sindicatos da região da Grande Florianópolis, todos os projetos de lei que tramitarem na Câmara de Vereadores da Capital serão analisados para que os Sindicatos de base da entidade possam manifestar-se junto ao Poder Legislativo local.
De acordo como levantamento da Fecomércio, das 955 proposições tramitando ao longo desta legislatura, 83 projetos de lei apresentaram algum impacto no setor do comércio de bens, serviços e turismo de Florianópolis. A entidade analisará os temas junto aos sindicatos e trabalhará no sentido de contribuir com os parlamentares e a sociedade na formulação dos instrumentos legais do município