
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, registrou alta de 0,09% em outubro de 2025, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa uma forte desaceleração em relação a setembro, quando o índice havia subido 0,48%.
Com esse resultado, o IPCA acumula alta de 3,73% no ano e de 4,68% nos últimos 12 meses, abaixo dos 5,17% registrados no mesmo período anterior. A principal contribuição para o recuo foi a queda nos preços da energia elétrica residencial, que teve redução de 2,39% em outubro. A mudança na bandeira tarifária, que passou da vermelha patamar 2 para a vermelha patamar 1, diminuiu o valor cobrado nas contas de luz e ajudou a conter a inflação.
Outros grupos também contribuíram para a desaceleração, como Habitação, que caiu cerca de 0,30%, Artigos de residência e Comunicação, que registraram variações negativas. O grupo Alimentação e bebidas ficou praticamente estável, com leve alta de 0,01%, enquanto Vestuário, Saúde e cuidados pessoais e Transportes tiveram aumentos modestos.
A desaceleração da inflação é uma boa notícia para os consumidores, pois indica que o custo de vida avançou pouco no mês. Para o Banco Central, o resultado abre espaço para avaliar possíveis ajustes na política monetária, já que os juros altos têm ajudado a conter os preços. Ainda assim, a inflação acumulada em 12 meses segue acima da meta oficial, o que exige cautela.
Na prática, o resultado traz alívio para as famílias, principalmente com a queda da energia elétrica, que pesa no orçamento doméstico. Para o mercado financeiro, o dado abaixo do esperado pode influenciar as expectativas de juros e crédito, além de estimular o consumo. Apesar do cenário favorável, analistas alertam que fatores como reajustes de serviços e oscilações nos combustíveis ainda podem pressionar a inflação nos próximos meses.








