
Florianópolis vem registrando uma alta procura por contraceptivos injetáveis entre mulheres que buscam métodos eficazes e que exigem menos comprometimento diário. A tendência reflete uma mudança no perfil das usuárias e nas escolhas relacionadas ao planejamento familiar na capital catarinense.
Em 2024, 64,5% das mulheres atendidas pelo SUS escolheram os contraceptivos injetáveis, e especialistas apontam que essa preferência está ligada ao ritmo e às demandas do cotidiano da mulher moderna.
As injeções contraceptivas, tanto mensais quanto trimestrais, ganharam espaço nas unidades básicas de saúde da cidade principalmente pela praticidade que oferecem. Elas dispensam a preocupação com o uso diário, comum nas pílulas, e proporcionam maior privacidade, já que não demandam manutenção constante. Além disso, a disponibilidade do método pelo sistema público de saúde facilita o acesso para mulheres de diferentes faixas etárias e classes sociais.
Mesmo com o crescimento do uso das injeções, outros métodos contraceptivos continuam sendo amplamente utilizados em Florianópolis. O dispositivo intrauterino (DIU) segue como uma opção importante, principalmente para quem busca um método de longa duração. Já os contraceptivos orais ainda têm grande presença, embora algumas mulheres relatem desconforto com os efeitos colaterais e com a necessidade de uso diário.
Especialistas destacam, no entanto, que a escolha do método contraceptivo deve ser feita com orientação médica e acompanhamento adequado. É fundamental que cada mulher seja informada sobre os possíveis efeitos colaterais e riscos, e que haja monitoramento regular para garantir a eficácia e a segurança do método escolhido. Também é necessário fortalecer a estrutura dos serviços públicos de saúde, garantindo estoque constante, profissionais capacitados e acesso igualitário em todas as regiões da cidade.
O aumento no uso das injeções pode ter impactos positivos no controle da natalidade e na redução de gestações não planejadas, especialmente entre mulheres com rotinas instáveis ou com dificuldade de manter outros métodos. A tendência aponta para uma diversificação nas opções de contracepção e reforça a importância do planejamento familiar aliado à informação e ao acesso a serviços de saúde de qualidade.