Aini, uma jovem de 17 anos de Urupema, na região serrana de Santa Catarina, está conquistando destaque no campo da astronomia e na engenharia aeroespacial, tornando-se a primeira astronauta análoga do estado. Desde pequena, seu interesse pelo universo já era evidente. “Não me recordo de um tempo em que não me fascinasse pelo céu”, afirma.
O amor pela ciência foi incentivado pela família, especialmente pelo avô, e também por livros e documentários sobre o cosmos. Em 2023, ela teve a chance de visitar o Nasa Goddard Space Flight Center durante um intercâmbio no programa TechGirls, experiência que aprofundou seu interesse pela astrofísica e engenharia espacial.
No ano seguinte, Aini participou do International Astronomical Youth Camp, na Alemanha, onde trabalhou em projetos de construção e lançamento de foguetes com jovens de outros países. Seu sonho é estudar engenharia aeroespacial e astrofísica, com o objetivo de contribuir para o avanço do setor espacial. “Esse é meu grande sonho”, confessa.
Aini recentemente fez história ao participar de um rigoroso programa de treinamento de astronauta análogo promovido pela Wogel Enterprise, em Brasília. Durante três dias intensivos, ela teve aulas sobre astrobiologia, pilotagem, primeiros socorros, além de experiências com simulações de missões e mini rovers. “Foi uma vivência incrível, quase como ser um astronauta de verdade”, compartilha.
Equilibrando sua rotina de estudante e aspirante a cientista, Aini viaja diariamente de Urupema a Lages para estudar e participar de mentorias em áreas como cálculo, física e astrofísica. Nos finais de semana, dedica tempo para a família, atividades esportivas e cuidados no sítio.
Apesar dos obstáculos enfrentados, como as mudanças e adaptações necessárias, ela nunca perdeu a determinação. Envolveu-se em olimpíadas científicas, programas de cientista cidadão com a Nasa e projetos ambientais, sempre buscando se desenvolver.
A jovem está se preparando para aplicar-se em universidades nos Estados Unidos, além de sonhar com uma vaga em instituições brasileiras, como a UFSC. “Fico animada só de imaginar essas possibilidades”, diz. No futuro, Aini deseja contribuir para o avanço da pesquisa espacial no Brasil e inspirar outros jovens a se interessarem por ciência e tecnologia.
Reconhecendo o papel essencial de sua família em sua jornada, Aini reforça a importância de apoiar os jovens a explorarem suas paixões. “Não tenha medo de ser único, e valorize o que faz você e seus sonhos especiais”, aconselha, determinada a continuar sua trajetória para explorar o espaço e contribuir para um futuro mais sustentável.