Ao visitar o túmulo do pai Rubens Soares Cordeiro, no Cemitério da Capela São Luiz Gonzaga, no bairro Rio do Braço, entre São João Batista e Nova Trento, na tarde de domingo, 04, a moradora da localidade Kelly Cristina Cordeiro Leite não conteve as lágrimas, ao verificar que o túmulo dele era um dos tantos que foram danificados pelos ladrões. “Levaram o crucifixo de alumínio, as letras e fotos”, diz emocionada. Assim como ela, o marido Norberto João Leite e a filha Nathaly Cordeiro Leite lamentam o episódio.
Durante a madrugada, ladrões invadiram o cemitério e furtaram praticamente todos os túmulos. No caso da família de Kelly, além do pai, ela também verificou que os túmulos dos avós Geraldo Tomazi e Bernardina Bonecher Tomazi também foram furtados. “No caso do meu pai, ele faleceu em novembro do ano passado e o túmulo foi colocado nessa semana que passou. E, infelizmente, já furtaram. Deixaram apenas a imagem de Nossa Senhora Aparecida, que minha mãe colocou na tarde de sábado, 03”, lamenta.
E esse furto não é um fato isolado. Assim como Kelly, tantas outras dezenas de famílias também já sofreram deste tipo de crime que assola o Vale do Rio Tijucas há alguns anos. Somente nos meses de novembro e dezembro de 2017, o Cemitério Municipal de Nova Trento, no Centro, registrou duas ocorrências. Em Canelinha já foram vários os casos, assim como São João Batista e Tijucas.
E é um crime que não causa apenas um prejuízo financeiro, mas que dói na alma dos familiares. “A gente vai lá, cuida, limpa, com muito custo faz um túmulo para que a história dele seja preservada. E vêm uns ladrões e fazem esse tipo de crime. É muito triste”, desabafa Kelly.
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