
O governo federal anunciou novas regras para o programa Minha Casa, Minha Vida, incluindo a criação da Faixa 4, destinada a famílias com renda mensal entre R$ 8,6 mil e R$ 12 mil. Essa faixa permitirá o financiamento de imóveis de até R$ 500 mil, com condições diferenciadas, como juros de 10% ao ano, abaixo das taxas de mercado, e prazo de pagamento de até 35 anos. No entanto, não haverá subsídio governamental, e as famílias deverão arcar com o valor integral do imóvel.
A nova Faixa 4 deve entrar em vigor na primeira quinzena de maio e tem potencial para atender inicialmente 120 mil famílias. Essa medida é vista como um aceno à classe média, especialmente em um momento próximo às eleições presidenciais de 2026.
Além disso, o Conselho Curador do FGTS aprovou ajustes nos limites de renda das faixas existentes:
- Faixa 1: renda de até R$ 2.850 (antes R$ 2.640);
- Faixa 2: renda de até R$ 4,7 mil (antes R$ 4,4 mil);
- Faixa 3: renda de até R$ 8,6 mil (antes R$ 8 mil).
Essas mudanças beneficiarão cerca de 100 mil famílias, segundo o Ministério das Cidades. Vale destacar que quem recebe Benefício de Prestação Continuada (BPC) ou Bolsa Família tem acesso a imóveis 100% subsidiados pelo governo, sem necessidade de pagamento de prestações.
O programa também traz novidades para municípios com até 100 mil habitantes, com aumento no valor máximo dos imóveis financiados, que agora variam entre R$ 210 mil e R$ 230 mil. Famílias com renda de até R$ 4,7 mil poderão adquirir imóveis com teto de financiamento da Faixa 3, mas com condições específicas, como juros entre 7,66% e 8,16% ao ano, sem acesso a descontos.
As novas regras reforçam o compromisso do governo em ampliar o acesso à moradia, atendendo diferentes faixas de renda e promovendo investimentos no interior do país.