Maria Aparecida do Nascimento, 47 anos, foi enganada ao acreditar que estava trocando mensagens pela internet com o famoso cantor Fábio Jr. Convencida de que era o ídolo, a diarista transferiu R$ 2,5 mil para uma conta indicada pelo golpista, após ser convencida de que o cantor estava passando por um processo de separação e enfrentava dificuldades financeiras. A polícia está agora investigando o caso.
Durante duas semanas, Maria esteve em contato com o impostor através de uma rede social. Após ganhar a confiança da vítima, o golpista, alegando dificuldades financeiras, solicitou dinheiro emprestado. Em uma das trocas de mensagens, a diarista recebeu uma foto de Fábio Jr. com um cachorro, e foi informada sobre um suposto divórcio e a necessidade de contratar um advogado. O fraudador também prometeu à vítima que ficaria com ela após a separação.
Mesmo após sugerir que o impostor vendesse seus bens ou realizasse um bazar com suas roupas, Maria foi informada de que tudo estava bloqueado, justificando ainda as repercussões que tal atitude poderia gerar. Posteriormente, ela transferiu os R$ 2,5 mil. Durante a transação, estranhou que o dinheiro seria enviado para outra pessoa, mas mesmo assim prosseguiu com a transferência. Após isso, ela não conseguiu mais contato com o golpista.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, estão em andamento investigações para identificar o autor do crime e esclarecer os fatos.
Fábio Jr. manifesta preocupação com o uso excessivo de celulares e redes sociais.
Por outro lado, o verdadeiro Fábio Jr. expressou sua preocupação com o controle que os celulares e as redes sociais exercem sobre a vida das pessoas. Em uma entrevista recente, o cantor destacou o paradoxo entre as vantagens da tecnologia:
“O mundo está globalizado, o que é muito positivo, mas junto com isso, há uma impunidade de pessoas irresponsáveis, que se escondem atrás das telas. Você pode pegar este aparelho (apontando para o celular) e fazer o que quiser com a vida dos outros, julgar e condenar. É o preço? Não sei, mas é assim que está acontecendo. Você pode conversar com um amigo do Japão, mas não com quem está ao seu lado aqui. Todo mundo está assim (imitando alguém com o rosto no celular). Estou errado? Isso me irrita muito. Meus filhos já não ficam assim na minha frente.”