“Desde o surgimento desse tipo de golpe, minha família e eu sempre discutimos o tema e estratégias de proteção. Mantemos um grupo de família para compartilhar informações e orientações. Até o momento, nenhum de nós caiu nas artimanhas dos criminosos e sofreu perdas financeiras.”
Após receber mensagens, como sendo do filho informando seu novo número e sem suspeitas, Ad incluiu na sua lista de contatos. Na manhã seguinte, recebeu uma nova mensagem, aparentemente do seu filho, solicitando uma transferência via Pix no montante de R$ 2.980.
“Recebi uma mensagem de ‘bom dia’ daquele número e logo depois veio o pedido para fazer um Pix. Algo me pareceu estranho, pois não parecia o jeito que meu filho costuma se comunicar comigo, mas, mesmo assim concordei em fazer a transferência”, relata Ad.
“Em seguida, ele enviou um número de Pix registrado em nome de Ana Paula e solicitou a transferência de R$ 2.980. Isso me surpreendeu bastante devido ao valor envolvido.”
Desconfiando de que estava prestes a ser vítima de um golpe, Ad tentou entrar em contato com o filho por telefone, mas suas chamadas não foram atendidas. Em seguida, ela ligou para o novo número que os golpistas estavam utilizando, mas a chamada foi recusada.
Sem conseguir estabelecer contato para verificar a autenticidade do pedido de dinheiro, Ad tomou uma decisão crucial. Ela formulou uma pergunta pessoal, uma informação que apenas seu filho ou um membro próximo da família conheceria: “Qual é o nome da tua avó paterna?”.
O golpista, incapaz de fornecer uma resposta válida, tentou desviar a atenção com outra pergunta: “Você está suspeitando de mim?”. Nesse momento, Ad Andrade, a administradora financeira, imediatamente percebeu que estava prestes a ser a ser vítima de um golpe e, com isso, optou por não realizar a transferência de dinheiro. Essa ação diligente e perspicaz evitou que ele caísse na armadilha dos golpistas.