Em um período de um ano, o número de alunos com autismo matriculados em escolas regulares aumentou significativamente, atingindo a marca de 200 mil novas matrículas. Embora seja proibido negar a matrícula a alunos com deficiência, ainda há desafios significativos a serem superados, incluindo a falta de apoio adequado aos professores.
De acordo com dados do Censo de Educação Básica, entre 2022 e 2023, houve um aumento de 50% no número de crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) matriculados em salas de aula regulares, totalizando 607.144 alunos. Esse aumento é resultado de uma maior capacidade diagnóstica por parte das equipes de saúde e da conscientização sobre a importância da inclusão.
Apesar desse avanço, a inclusão plena desses alunos ainda não é uma realidade. O simples fato de serem matriculados não é suficiente; é necessário garantir o acesso, a permanência, a participação e a aprendizagem desses alunos. No entanto, muitos obstáculos persistem, como a formação inadequada de professores e funcionários, a falta de adaptação de atividades e aulas, o desconhecimento sobre como lidar com comportamentos agressivos, o bullying e a cobrança de taxas extras, entre outros.
O aumento das matrículas de pessoas com autismo reflete não apenas uma maior capacidade diagnóstica, mas também uma maior conscientização sobre o transtorno. No entanto, para garantir uma verdadeira inclusão, é necessário superar os desafios que ainda existem no ambiente escolar e na sociedade como um todo.