Nesta sexta-feira (26), Ponte Alta do Norte registrou o segundo caso de prisão de prefeito em Santa Catarina em apenas três dias, totalizando 18 prefeitos detidos em um ano e dois meses. A operação, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), foca em alegados esquemas de corrupção relacionados à contratação de serviços de limpeza urbana na pequena cidade de Ponte Alta do Norte, com uma população de 3,2 mil habitantes na região do Meio-Oeste Catarinense.
A ação, que tem como alvos quatro mandados de prisão e sete de busca e apreensão, resultou na detenção do prefeito Ari Bagúio (PL), em Florianópolis. Além dele, dois filhos e um secretário municipal estão sob investigação. A defesa do prefeito não foi localizada pela NSC para comentar sobre o caso.
O caso de Bagúio segue a prisão, na quarta-feira (24), do prefeito de Barra Velha, Douglas Elias Costa (PL), em outra operação do Gaeco que investiga corrupção e fraudes em licitações.
A operação atual do Gaeco foca em crimes como associação criminosa, corrupção passiva e concussão, supostamente praticados por agentes políticos e particulares. Os nomes dos envolvidos não foram revelados. O suposto esquema envolve direcionar prestadores de serviços de limpeza urbana a contratarem escritórios de contabilidade previamente indicados pelos agentes públicos investigados. Eles seriam, então, obrigados a pagar 10% dos valores recebidos do município como vantagem indevida mensal, resultando em enriquecimento ilícito, que se aproxima de R$ 100 mil.
A Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos e o Grupo Especial Anticorrupção (GEAC) também participaram da operação, que culminará nos detidos sendo levados para o Fórum da cidade vizinha de Curitibanos para audiência de custódia após o cumprimento dos mandados.