O Pacto pela recuperação da Mata Ciliar recebeu a adesão de mais uma propriedade nesta quarta-feira, 30 de setembro, e vem se consolidando como uma importante ferramenta para proteger a água da população do Vale do Rio Tijucas e Costa Esmeralda. Foram realizadas visitas técnicas em propriedades rurais e distribuição de mudas.
Os técnicos do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tijucas levantaram dados e informações na localidade do Rio do Braço, no Município de São João Batista, na propriedade do senhor Joceli Galliani (53), ex-secretário de obras daquele Município. Galliani disponibilizou 50 metros para recuperação de um trecho do Rio do Braço.
O Rio do Braço nasce com o nome de Rio Alto Braço, na Serra dos Faxinais, no Município de Angelina (local da última Assembleia do Comitê Rio Tijucas, em 23.09), e é um importante afluente do Rio Tijucas. De acordo com Joceli Galliani, a recuperação da Mata Ciliar do Rio do Braço representa uma evolução na consciência ambiental. Galliani diz que tomou a iniciativa após ouvir o pronunciamento do presidente Comitê Rio Tijucas, Adalto Gomes, no evento de entrega da premiação da 2ª Maratona Fotográfica, realizado em 10 de agosto, na Câmara Municipal de São João Batista.
Mudas nativas
Além da visita técnica realizada na propriedade rural de Joceli Galliani, os técnicos visitaram a propriedade de Paulo Puel, no centro do Município de São João Batista, onde o plantio de mudas nativas na confluência do Rio do Braço com o Rio Tijucas já está em andamento. Paulo Puel destinou uma área de 21.050 m2 para recuperação da Mata Ciliar. Além de garantir espaço para que as mudas cresçam sem interferência humana, Paulo Puel ainda forneceu cercas para impedir que o gado bovino e as capivaras, animal que se alastra na região, faça o pisoteio das mudas nativas.
Na propriedade de Carlito dos Santos, na localidade do Moura, em Canelinha, os técnicos do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tijucas distribuíram mais de 70 mudas nativas, entre elas aroeiras, araçás e paineiras – árvores listadas para recuperação da Mata Atlântica, principalmente em áreas degradadas. O plantio das mudas está previsto para o início do mês de setembro, e o proprietário receberá, pelo menos, mais 270 outras mudas para essa primeira fase de recuperação.
O comitê vai fazer monitoramentos periódicos das propriedades cadastradas no projeto Mata Ciliar que até presente data atingem o número de 44 cadastros, sendo que 30 dessas propriedades cadastradas possuem diagnóstico, e 16 já estão em fase de recuperação.