Nesta quinta-feira (06), a Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) iniciou a segunda fase da Operação Ragnarök, coordenada pelo 12º Batalhão de Polícia Militar (BPM), com mais de 180 policiais militares de sete batalhões, em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), cujo objetivo foi cumprir 34 mandados de busca e apreensão e 22 mandados de prisão, na maior ofensiva contra o tráfico de drogas, em Tijucas.
Foram empenhados na operação policiais do 12° BPM (Balneário Camboriú), que realizaram todo o serviço de monitoramento e levantamento de dados, do 1° BPM (Itajaí), do 25º BPM (Navegantes), do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), do Batalhão de Choque, do Batalhão de Aviação (BAPM) e do Canil.
Visando restabelecer a ordem pública, missão constitucional e precípua da Polícia Militar, foi iniciada em junho de 2016 um serviço de inteligência e monitoramento de toda a movimentação da organização criminosa denominada “Sem Terra-STR”. O apoio da comunidade enviando vídeos, fotos e depoimentos, contribuíram para que os policiais militares do 12° BPM se infiltrassem na comunidade (como se moradores fossem) e passassem a observar de perto os criminosos.
Em quatro meses de observação foi constatado que a facção criminosa estava muito bem organizada, com funções de cada integrante definida, horários determinados, e uma movimentação ininterrupta de comércio de drogas divididos em quatro turnos de seis horas, durante 24 horas por dia, sete dias por semana. Favorecidos pelas características geográficas do terreno, utilizavam “olheiros” com rádios comunicadores e seguranças fortemente armados garantiam o trabalho da facção criminosa. Assim, quando uma viatura policial chegava no local, logo era anunciada e os traficantes se dissipavam, impossibilitando as prisões. Todavia, foram realizados vários Termos Circunstanciados em desfavor de usuários que eram vistos entrando no loteamento e logo saindo com droga.
Segundo o comandante da operação, tenente-coronel Evaldo, “o foco dessa operação foi restabelecer a ordem pública, destituir o crime organizado que estava instalado nessa localidade que interferia em toda nossa região, bem como resgatar a confiança da sociedade na Polícia Militar. É inadmissível que um poder paralelo oprima a sociedade de bem e desafie as forças de segurança do Estado sem receber a devida reprimenda. A resposta da Polícia Militar é esta. Vamos limpar e manter limpo”.
A operação resultou em sete pessoas presas, três pistolas apreendidas com munições, sendo uma calibre 9mm, uma calibre 45 e uma garrucha; três rádios comunicadores, três coletes balísticos, 30 comprimidos de ecstasy, aproximadamente 4 mil reais em espécie e uma pequena quantidade de maconha.
O nome da Operação
A operação foi batizada de “Ragnarök”, em português: destino dos deuses, em alusão a mitologia nórdica, marcada por uma série de eventos, incluindo uma grande batalha que resultaria na morte de diversos deuses (incluindo Odin, Thor e Loki); seguido de ocorrências de várias catástrofes naturais e a submersão do mundo pela água. Depois, o mundo ressurgiria fértil e para uma nova vida. Assim, na data de hoje, “Ragnarök”, significa uma grande batalha para restabelecer a ordem pública contra àqueles que se acham “deuses da droga” e garantir a volta da segurança do Estado para essa comunidade, que poderá recomeçar uma nova vida.
As pessoas da comunidade, de Balneário Camboriú e região, que quiserem fazer denúncias anônimas sobre o paradeiro de drogas, armas e foragidos, garantiremos o anonimato e sigilo de sua identidade. Você pode fazer a denúncia através Whatsapp número (48) 9122-0251.