Ele será candidato a vereador pelo Partido Progressista (PP). Mas, Francisco Honorato Cardoso Filho, o Chico, já foi do PMDB de Canelinha. Seguiu para o PSD, e agora, com a possibilidade da filiação de Eloir João Reis, atualmente no PSDB, ao partido do Governador Raimundo Colombo; Chico resolveu vestir a camisa do prefeito Antonio da Silva (PP). Se tornará um corpo estranho dentro do ninho pepista.
De acordo com informações obtidas pela Super FM, o estopim para a saída de Chico do PSD, foi o discurso de filiação do vice-prefeito Eloir João Reis. Ele considerou que a Executiva Municipal teria agido na ‘surdina’, e já montado inclusive uma chapa própria para disputa da eleição. Pela formação apresentada na reunião, Lico seria candidato e prefeito enquanto Chico seria o vice do partido. Contrariado, abandonou o barco.
Chico escolheu um dia que marcasse o anúncio dessa decisão. Reunião aconteceu na sexta-feira (11), em sua própria casa, e contou com a participação de aliados próximo e familiares. Pela engenharia construída pelo Secretário de Obras de Canelinha, sua ficha será assinada na próxima segunda-feira.
É uma história política controversa. Vereador pelo PMDB, Francisco fez oposição ferrenha durante o mandato do prefeito Lico. Ele é conhecido por não ter ‘papas na lingua’. Já no primeiro ano de mandato do prefeito Antonio, houve uma aproximação e na eleição de 2012, embarcou no projeto de governo do PP. Ganhou a confiança da Administração Municipal e assumiu a Secretaria de Obras.
O discurso de vereador oposicionista em 2005 não alterou, só mudou o alvo. Vive se estranhando com os parlamentares do PMDB, as quais não recua em tecer duras críticas. É no poder eleitoral de Francisco que o PP conta para aumentar sua votação na legenda. Como perdeu Eduardo Furtado, Chico equilibra a balança para que o partido consiga ao menos manter sua bancada na eleição de outubro.
Por se tratar de um partido comandado por Tonho, é com a unção dele que a filiação se dá. Se haverão prejuízos eleitorais a abertura das urnas é quem deverá dizer. De imediato o principal ônus que Chico deverá receber, será a tentativa de desconstrução da imagem pela guinada radical na linha partidária. Tanto de um lado como de outro. Afinal, na leitura tanto de pepistas quanto de emedebistas mais tradicionais, “ninguém muda a cor da cola tão rápido”.