Autoproclamado pré-candidato a vice-prefeito pelo PSL, o vereador Almir Peixer, o Déio do Gás, está às voltas com disputas internas que envolvem os partidos da base governista em São João Batista. No último episódio, foi gravado em um áudio em que fala sobre a possibilidade de ruptura da aliança, o que inviabilizaria sua pretensão de chegar ao paço municipal.
Os ensaios de dissenção entre membros do MDB, PSD e PSL é notado desde meados de 2019, quando os atritos entre o vereador Leoncio Cypriani e o vice-prefeito Pedro Alfredo Ramos, o Pedroca (MDB), se tornaram público. Com dificuldades de firmar sua candidatura no diretório, Pedroca ameaçou intervenção da Executiva Estadual e Leoncio pulou para o ex-partido de Daniel Cândido.
Forma com que Déio do Gás foi elevado ao posto de pré-candidato a vice, ainda não foi digerido por parte da base, que passou a olhar com desprezo para a composição da majoritária de 2020. Éder Vargas e Leoncio Cypriani são contundentes em fazer oposição. Os demais prezam pela discrição, mas sorriem entre os lábios para as novas polêmicas.
Gravado, Déio afirma que “Daniel e a Rúbia vão meter a cabeça num buraco. O Pedroca e o Juliano vão meter em outro e eu vou meter também”, caso ocorra o rompimento da aliança entre os três partidos.
“Eles querem se separar, o que eu tenho com isso. Estou a três anos lutando para as coisas serem boas, organizadas, tudo certinho, [e agora] uma esculhambação dessas. Eu voto no 11. Se separar eu sou 11”, afirma irritado na conversa.
As margens da tribuna da Câmara, a declaração de querer ser vice, foi estimulada nos bastidores e irrompeu em um discurso acalorado na sessão do dia oito de junho. Rúbia e os parceiros da coligação foram pegos de surpresa e não esconderam o constrangimento na própria reunião. Na mesma semana o PSL se reuniu a portas fechadas, Tamanini retirou a pré-candidatura e Déio entrou de cabeça no jogo.
Vereador é o preferido do vice-prefeito Pedroca, para disputar a eleição ao seu lado. Já deixou claro que caso aja a desistência ou retirada do nome de Déio, também poderá abandonar a disputa. Os nomes dos dois terá que ser aprovado pelas convenções partidárias do MDB e PSL até o dia 16 de setembro, e só a partir daí, serão considerados candidatos.