Todos os ocupantes do primeiro escalão da Prefeitura de São João Batista foram aviados pelo próprio prefeito Pedro Alfredo Ramos, o Pedroca (MDB): ‘não façam contas para 2022 contando com salário da prefeitura, pois serão exonerados até 31 de dezembro’. Pedroca já estuda novos nomes e mudanças profundas na gestão municipal para o próximo ano.
Com os bastidores da Administração em ebulição, a situação ficou insustentável e uma reforma administrativa entrou no radar. Outro aviso foi dado também ao comando do MDB. Lideranças do partido pressionaram Pedroca pela demissão do chefe de Gabinete, Juliano Peixer, e como resposta ouviram que “quem manda na Administração é o prefeito, e não o partido”.
Um dos grandes problemas identificados no Paço Municipal, é a divisão interna do secretariado e segundo escalão. Um grupo é ligado ao ex-prefeito Daniel Cândido (PSL) e tenta ter cada vez mais influência nas decisões, outro são de nomes do MDB que entraram junto com Pedroca e gostaria de eliminar os apadrinhados de Cândido, e ainda um grupo de amigos do próprio prefeito, que busca protagonismo.
No seio das disputas também entram os vereadores da base governista, que mais do que atuação na Câmara de Vereadores, tem reiterado pressões ao chefe do executivo. Foi pública a briga envolvendo o vereador Teodoro Adão (MDB) e a chefia de gabinete. O vereador também fez críticas públicas contra a secretária de Assistência Social, Rúbia Tamanini (PSL).
Operação de mudanças no primeiro escalão, no entanto, já começaram. Alexandre Feller, o Neneca, assumiu o lugar de Marcelo Machado na semana passada. Juliano Peixer já comunicou oficialmente o prefeito, que vai deixar seu cargo. Ele deve pedir exoneração na segunda-feira (09). Pedroca, inclusive, já tem uma lista de nome que poderão ocupar a vaga.
Com a decisão de demissão de todos os ocupantes do primeiro e segundo escalão, Pedroca tentará dar nova dinâmica na Administração e reduzir os atritos internos, que já vem se tornando público. Um grupo de apoiadores da eleição do prefeito, já tem se colocado no campo de oposição ao governo, e salvar aliados se tornou prioritário para sustentação do próprio governo.