Em uma sessão rápida e com o voto favorável de todos os 38 deputados presentes, Silvio Dreveck (PP) e Aldo Schneider (PMDB) foram eleitos presidente e vice-presidente da Assembleia Legislativa barriga-verde. A eleição ocorreu na tarde desta quarta-feira (1º), conforme determina o Regimento Interno da Casa e foi presidida pelo deputado Narcizo Parisotto (PSC) e secretariada por Rodrigo Minotto (PDT) e Cesar Valduga (PCdoB).
Também foram escolhidos o segundo vice e o primeiro, segundo, terceiro e quarto secretários, respectivamente Mário Marcondes (PSDB), Kennedy Nunes (PSD), Dirce Heiderscheidt (PMDB), Ana Paula Lima (PT) e Maurício Eskudlark (PR). Os deputados Serafim Venzon (PSDB) e Nilso Berlanda (PR) justificaram a ausência.
Dreveck agradeceu o apoio unânime dos colegas. “Foi uma chapa única que recebeu 100% dos votos dos presentes, muitíssimo obrigado pela confiança, obrigado aos partidos, todos contribuíram para que chegássemos no dia de hoje”, declarou o presidente, que garantiu que conduzirá o Parlamento de forma independente, mas “em harmonia com os outros poderes”.
O representante de São Bento do Sul reconheceu que os parlamentares são questionados sobre a necessidade do Legislativo e defendeu o modelo da democracia representativa. “Não conheço democracia sem legislativo. O que é a democracia? Simplesmente a liberdade? É pouco. Esta assembleia ao longo dos anos tem demonstrado e praticado a verdadeira democracia, respeitando os demais poderes, fiscalizando, legislando e representando o povo de todas as regiões”, opinou Dreveck.
Duas mulheres, pela primeira vez
É a primeira vez na história da Assembleia Legislativa que duas mulheres ocupam cargos na mesa diretora: Dirce Heiderscheidt, de Palhoça, será a segunda secretária e Ana Paula, de Blumenau, a terceira.
Lá e cá
Ao contrário da disputa para ao comando da Câmara dos Deputados, em Brasília, que tem seis candidatos a presidente, a disputa em Santa Catarina se resumiu aos bastidores. Dreveck e Aldo, estimulados principalmente pelo ex-presidente Gelson Merisio (PSD), superaram anos de rivalidade entre PP e PMDB, arrefecendo qualquer ímpeto de insurgência partidária ou parlamentar.
Já na Câmara dos Deputados o clima é totalmente diferente. Além do questionamento ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a legalidade do atual presidente Rodrigo Maia (DEM/RJ) concorrer à reeleição, a candidatura de deputados do PDT, PSD, PSol, PTB e PSB indicam que a disputa na capital federal será acirrada e decidida apenas no segundo turno.