Se depender da juíza da Comarca, dois vereadores dos Progressistas deixam suas cadeiras na Câmara nas próximas semanas. Como ainda cabem recursos, o assunto deve se enrolar por meses. Na sentença divulgada na semana passada, Carlos Francisco da Silva e Alécio Boratti perdem seus mandatos e ficam inelegíveis em processo relacionado à Operação Ressonância, que apura um suposto esquema que furava a fila do Sistema Único de Saúde (SUS).
Além dos atuais vereadores Carlinhos e Alécio, os ex-vereadores e suplentes Sebastião Formento e Mário Soares, também foram condenados há oito anos sem poder concorrer a cargo público e multa de R$ 15 mil cada um. O advogado de defesa, Nelson Zunino Neto confirmou a condenação e diz que já apresentou recurso.
Em outubro de 2016 o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), por meio de seu núcleo regional Florianópolis, deflagrou a “Operação Ressonância” para o cumprimento de 19 mandados de busca e apreensão, oito mandados de prisão temporária e três mandados de condução coercitiva, nos municípios de Florianópolis, Palhoça, Biguaçu, São João Batista e Major Gercino.
A operação “Ressonância” apurou crimes de Falsidade Ideológica; Inserção de Dados Falsos nos Sistemas de Informação; Corrupção Passiva; e Crimes Eleitorais; envolvendo cinco agentes públicos e terceiros, os quais basicamente, estariam sistematicamente violando a fila de espera do Sistema Único de Saúde (SUS) para realização de exames de ressonância e tomografia, por intermédio de procedimentos irregulares e cobrança de valores dos pacientes.