
Nesta segunda-feira, 22 de setembro de 2025, às 15h19, inicia oficialmente a primavera — mas nem tudo será flores: uma frente fria puxada por um ciclone extratropical deve trazer instabilidades fortes, ventania intensa e queda de temperatura, especialmente para as regiões Sul e Sudeste do Brasil.
Segundo o Inmet e meteorologistas, o ciclone extratropical em alto mar vai atuar como “motor” para a frente fria, estimulando formação de nuvens carregadas, pancadas de chuva fortes, trovoadas, vendavais e até possibilidade de granizo. As rajadas de vento podem variar entre 60 a 80 km/h em certas localidades, com risco de causar transtornos como queda de árvores, destelhamentos e interrupções no fornecimento de energia.
No Sul, Paraná e Santa Catarina terão um início de primavera mais turbulento. Esperam-se temporais, chuva volumosa e ventos fortes. Já o Rio Grande do Sul deverá sentir as instabilidades com maior intensidade nas regiões centro-norte, onde a chuva será mais concentrada. A massa de ar frio que avança derrubará as temperaturas, tornando os dias mais frios principalmente à noite e nas áreas de serra. Em algumas serras gaúchas e catarinenses há até risco de geada.
No Sudeste, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo terão dias de calor intensificado no começo, mas a frente fria deverá romper este padrão. O calor dará lugar a ventania, nuvens pesadas, pancadas de chuva e sensação de frio que aumentará ao longo da semana. Capitais podem registrar quedas acentuadas nas máximas.
Também haverá reflexos no Centro-Oeste, onde o sistema traz instabilidade crescente: pancadas de chuva e baixas mais perceptíveis nas temperaturas. Regiões do Norte poderão sentir uma queda menor, dependendo da penetração do ar frio, mas com tempo mais úmido e possibilidade de chuvas localizadas.
Outro fator em jogo é o fenômeno La Niña, que pode reforçar a umidade em algumas regiões e alterar o regime normal das chuvas nesta primavera. Embora isso possa significar mais precipitação em áreas já sujeitas a instabilidade, também traz incertezas quanto à regularidade dos períodos secos.