
Santa Catarina enfrenta uma situação crítica na rede hospitalar pública, com superlotação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) em diversas regiões do estado. Cinco regiões apresentam ocupação superior a 95% nos leitos de UTI adulto, destacando-se o Litoral Norte e Oeste, que estão sem vagas disponíveis. Além disso, o Norte catarinense conta com apenas três leitos livres.
A situação é ainda mais preocupante nas UTIs neonatais e pediátricas. Hospitais como o Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí, estão com todos os 55 leitos de UTI ocupados, incluindo os destinados a recém-nascidos e crianças.
O aumento expressivo de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), especialmente causados por vírus como Influenza e Vírus Sincicial Respiratório (VSR), tem pressionado ainda mais o sistema de saúde. Desde o início do outono, a procura por atendimentos aumentou significativamente, comprometendo a capacidade dos hospitais em atender a demanda.
Em resposta à crise, o Governo de Santa Catarina decretou situação de emergência em saúde pública em todo o estado. O decreto autoriza a requisição administrativa de bens e serviços de entidades privadas, com ou sem fins lucrativos, para ampliar a capacidade de atendimento e enfrentar a sobrecarga nos hospitais.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) está trabalhando para otimizar a rede hospitalar existente e buscar soluções emergenciais para garantir o atendimento adequado à população. A colaboração entre os setores público e privado será essencial para superar este momento crítico e preservar a saúde e segurança dos catarinenses.