
Santa Catarina alcançou um feito importante no mercado de trabalho ao registrar a menor taxa de desalentados do país no segundo trimestre de 2025. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) do IBGE, apenas 0,3% da população catarinense encontra-se em situação de desalento — pessoas que gostariam de trabalhar e estão disponíveis, mas desistiram de procurar emprego por acreditarem que não vão conseguir uma vaga.
O desalento é um indicador sensível, pois revela não apenas a disponibilidade para o trabalho, mas também o nível de confiança da população em encontrar oportunidades. Os motivos que levam alguém ao desalento podem incluir falta de vagas na região, ausência de experiência, baixa escolaridade ou percepção de que são muito jovens ou muito velhas para o mercado.
Enquanto Santa Catarina registrou o menor índice do país, a taxa nacional de desalentados ficou em 2,5% no mesmo período. Estados como Maranhão, Piauí e Alagoas aparecem com os percentuais mais elevados, ultrapassando 6%. Além de Santa Catarina, Mato Grosso do Sul também se destacou com uma das menores taxas, de 0,8%.
O número absoluto de desalentados em Santa Catarina também caiu de 15 mil para 13 mil pessoas entre o primeiro e o segundo trimestre de 2025, reforçando a tendência de melhora no estado. Esse desempenho positivo acompanha outros indicadores do mercado de trabalho catarinense. O estado mantém um dos mais altos percentuais de empregados com carteira assinada no setor privado e uma das menores taxas de informalidade do país.
A economia catarinense segue impulsionada por setores como agronegócio, serviços, comércio e indústria, que vêm contribuindo para a criação de novas vagas formais e sustentando a recuperação do mercado de trabalho. Para especialistas, a baixa taxa de desalento revela um ambiente econômico mais confiante e dinâmico, em que as pessoas acreditam nas chances reais de reinserção profissional.
Apesar dos resultados positivos, o desafio do estado é manter esse desempenho no longo prazo, garantindo qualificação profissional, oportunidades sustentáveis e ampliação dos setores que mais geram emprego. Mesmo assim, Santa Catarina permanece como referência nacional em dinamismo econômico e saúde do mercado de trabalho.







