Santa Catarina possui mais de 3 milhões de logradouros, incluindo ruas, avenidas, alamedas, travessas e outras designações oficiais, conforme dados do Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos (CNEFE) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (14).
Dentre esses logradouros, 129.328 não têm nenhum tipo de denominação. Os que possuem nomes frequentemente homenageiam países, santos, datas ou são simplesmente identificados por números e letras.
O nome “Brasil” lidera com 9.377 ocorrências, sendo o mais comum no estado. No Brasil como um todo, o nome mais recorrente é “Principal”, que em Santa Catarina ocupa apenas o sétimo lugar.
Os nomes de logradouros mais comuns em Santa Catarina são:
- Brasil: 9.377
- Sete de Setembro: 9.063
- São Paulo: 5.899
- Santo Antônio: 5.884
- São José: 5.788
- A: 1.596
- Principal: 1.372
- B: 1.182
- Dois: 428
- Um: 359
Embora “Brasil” seja o nome mais frequente, a maioria das homenagens está ligada à Igreja Católica. Nomes de santos como “São” batizam quase 60 mil ruas, avenidas e travessas em Santa Catarina. Políticos, educadores e militares também figuram entre os mais homenageados.
Os logradouros mais comuns por título são:
- São: 59.306
- Santa: 30.982
- Vereador: 28.296
- Doutor: 27.233
- Coronel: 18.752
- Padre: 18.532
- Presidente: 17.143
- Dom: 16.495
- Professor: 16.309
- Santo: 11.747
Além dos logradouros sem nome, Santa Catarina conta com 981.526 endereços sem número, sendo o 11º estado com o maior número absoluto nesse quesito. Em todo o Brasil, são 24,3 milhões de endereços sem número.
Gustavo Cayres, analista do CNEFE, explica que viver em uma via sem nome apresenta várias dificuldades, como a incapacidade de fornecer um endereço para receber correspondências ou durante entrevistas de emprego. “Estamos falando de uma provável informalidade, o que está bastante relacionado ao poder público municipal, que é responsável por nomear as ruas e numerar os domicílios. Isso geralmente ocorre em áreas urbanas de ocupação recente e informal”, comenta. “Chamar o Samu para o local onde se mora torna-se mais difícil”, exemplifica.