Após anos de debate sobre a atuação, parcerias públicas e negociações ríspidas, a Maternidade Chiquinha Gallotti, de Tijucas, anunciou que vai deixar de fazer partos gratuitos. Decisão passa a valer a partir desta quinta-feira (01), e faz parte da metodologia de atuação adotada em nova fase da instituição. As mães que estão prestes a ganhar já estão sendo orientadas a prosseguir para o Carmela Dutra (Maternidade referência em Florianópolis).
A medida foi definida em reunião com as Secretarias de Saúde do Estado, do Município e com a Comissão Intergestores Regional nesta última sexta-feira, 23 de fevereiro. O contrato de atendimento obstétrico com o SUS já havia se encerrado em dezembro de 2017, mas foi prorrogado por 60 dias, em acordo com a Secretaria de Estado de Saúde.
O encerramento desse contrato faz parte de uma reorganização do SUS que já vem sendo implementada há alguns anos. Numa audiência pública em 2011, conduzida pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina, Secretaria de Estado de Saúde, representantes da Prefeitura e da Câmara de Vereadores de Tijucas, dos hospitais da região e de entidades representativas da população, já havia sido definido que o Hospital São José e Maternidade Chiquinha Gallotti não seria mais referência para o SUS em Obstetrícia e, sim, em Ortopedia.
Essa significativa mudança permitirá que o Hospital ofereça um atendimento de maior excelência em Ortopedia de média complexidade para os cinco municípios do Vale do Rio Tijucas que abrange: Tijucas, Canelinha, São João Batista, Nova Trento e Major Gercino. Ainda, a Instituição irá prestar novos serviços de Saúde Mental por meio do SUS, ampliando e aprimorando o atendimento à população.
O SUS informará a população dos hospitais que irão oferecer a especialidade de Obstetrícia para Tijucas e região.
Sobre a Associação Congregação de Santa Catarina (ACSC)
Com mais de 100 anos de atuação no Brasil, a Associação Congregação de Santa Catarina (ACSC) é responsável pela administração de 24 entidades em três segmentos de atuação: Saúde, Educação e Assistência Social. A ACSC criou um modelo de negócio no qual a totalidade do superávit, após satisfeitas as necessidades de investimentos e segurança financeira, é destinada para obras sociais, a fim de executar dignamente suas atividades e acolher cada ser humano na sua integralidade, conciliando eficácia organizacional e compromisso com as necessidades das comunidades e valores cristãos. Ao todo, são mais de 13.000 colaboradores distribuídos em diversas instituições de saúde, mantendo inúmeros estabelecimentos de ensino e acolhendo crianças, adultos e idosos em espaços assistenciais, com atendimento humanizado e serviços de qualidade para milhares de pessoas em sete estados brasileiros (Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo). Atualmente, as entidades de saúde da ACSC atendem mais de 630 mil pacientes por dia no ano e possuem 74% dos serviços conveniados ao SUS. Na área de educação, as instituições oferecem ensino de qualidade a mais de 4.800 alunos, sendo que 22% deles são bolsistas. Na assistência social, mais de 700 beneficiários são atendidos nas entidades.