O médico Vagner La-Bella Marchi, responsável pela direção técnico-clínica da Secretaria Municipal de Saúde de São João Batista, se diz favorável ao uso da Ivermectina, Azitromicina, Cloroquina, Zinco e outros medicamentos no início dos sintomas suspeitos de Covid. O profissional fez um relato sobre as medidas de tratamento de pacientes do novo coronavírus.
De acordo com Vagner, os profissionais vão estipular o tratamento mais conveniente para cada paciente, justificando sua conduta através de documento assinado por paciente e médico. “Tal medida deixará a critério e escolha do paciente seguir ou não está conduta”, diz.
Ele lembra que a discordâncias entre os profissionais médicos sobre o melhor tratamento ou uso de medicações, e que os favoráveis estão “alicerçados na experiência de alguns exemplos de efetividade na contenção da doença, e na ideia de “pecar para mais” à medida que os efeitos colaterais raros seriam insignificantes, comparados à possibilidade de evitar complicações”.
Nesta sexta-feira (18), São João Batista relatou um total de 392 casos confirmados, 60 aguardando resultado de exames, 492 em monitoramento e o número de atendimentos relacionados ao coronavírus já somam 1.494.
Relato médico: A vitória depende das nossas escolhas
*Texto escrito pelo médico Vagner La-Bella Marchi, responsável pela direção técnico clínica da Secretaria Municipal de Saúde
Em consideração a todos que admiro e em prol do meu juramento quando formado há 14 anos, preciso expor a real situação do manejo às pessoas que sofrem hoje com essa pandemia maldita.
Muitas pessoas estão me questionando sobre o tratamento de pacientes com sintomas de Covid-19 em São João Batista. Quando e como tratar os sintomas suspeitos, quais medicamentos iniciar e em que momento prevenir ou remediar.
Hoje enfrentamos, por incrível que pareça, um impasse na conduta médica local.
Metade dos médicos atuantes no atendimento aos pacientes suspeitos são CONTRA o uso de medicações sem comprovação de eficácia ou evidência científica para o combate ao vírus (Ivermectina, Azitromicina, Cloroquina, Zinco, etc).
Metade dos médicos, entretanto, são FAVORÁVEIS ao uso dessas medicações no início dos sintomas suspeitos de Covid, alicerçados na experiência de alguns exemplos de efetividade na contenção da doença, e na ideia de “pecar para mais” à medida que os efeitos colaterais raros seriam insignificantes, comparados à possibilidade de evitar complicações.
Confesso que sou adepto ao uso, mas também compreendo e entendo a conduta discordante da minha.
Dito isso, não vejo outra opção mais sincera e honesta que esta, de propor e expor aos mais interessados, a viabilização de uma possibilidade de escolha.
Tive a liberdade, pelo cargo que exerço na cidade, de elaborar dois termos de responsabilidade aos atuantes da escolha e aos receptores dessa conduta.
Cada profissional, ciente de seu conhecimento e crença, vai estipular o tratamento conveniente ao paciente em questão, justificando sua conduta através de um documento assinado por ambos.
Tal medida deixará a critério e escolha do paciente seguir ou não esta conduta.
Na hipótese de não concordância à mesma, o paciente poderá optar por outro profissional que se adeque à sua concepção ou necessidade.
Confesso que essa burocracia inviabiliza e dificulta a agilidade que tanto almejamos. Mas a democracia é intangível e deve ser respeitada.
Hoje estamos convivendo com o caos sem previsão próspera de calmaria.
Cada atitude infundada impõe consequências graves e irreversíveis.
A esperança e a fé seguem absolutas e inabaláveis quando acreditamos, e isso não é discutível.
Seguiremos lutando por dias melhores, e com seriedade vamos passar com a mais pura e verdadeira razão de estarmos aqui. A vitória depende das nossas escolhas.