Enquanto levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) apontam que São João Batista investe menos que Major Gercino por habitante em saúde, a Prefeitura Municipal emitiu nota afirmando que investe 24,73% das receitas no setor. De acordo com a comunicação oficial, o investimento por habitante foi de R$ 493,72, acima do que aponta levantamento do Conselho.
O assunto foi levantado pelo Blog do Jonas nesta terça-feira (22), e mostra, segundo dados tabulados pelo CFM, que enquanto em Major foram investidos R$ 491,9 por pessoa em 2017, na Capital Catarinense do Calçado foram apenas R$ 282,8. Os investimentos reduziram nos últimos anos e entre 2016 e 2017 a redução foi de R$ 41,5.
Em resposta a prefeitura diz que o município aplicou R$ 17.312.166,67 na área de Saúde em 2017. O valor corresponde a 24,73% das receitas da prefeitura no ano e fica 9,73% acima do índice determinado pela Constituição, que é de 15%.
“Os valores apresentados pelo CFM se referem somente às despesas com recursos próprios do município, não incluindo repasses do governo federal e estadual. Por isso, obviamente, cidades menores, que não são referência em especialidades para suas regiões, aparecem mais bem colocadas, já que recebem menos transferências de convênios do SUS”, explica o Secretário Municipal de Finanças, Luiz Henrique Lauritzen.
Os dados do Conselho Federal de Medicina mostram São João com a pior colocação no Vale. Em 2017 Tijucas investiu R$ 429,9 por pessoa, Canelinha R$ 364,2, Nova Trento R$ 393, Major Gercino R$ 491,9 e São João Batista R$ 282,8. Números tiveram variação nos últimos cinco anos, segundo o Conselho Federal de Medicina. Em 2013 São João Batista investiu R$ 278 em saúde por pessoa e em 2014 aumentou para R$ 305. Em 2015 foi para R$ 314, 2016 R$ 324 e 2017 voltou a cair para R$ 282.
Na nota oficial enviada a imprensa a Prefeitura de São João Batista afirma que Major Gercino, por exemplo, é a cidade mais bem posicionada do Vale do Rio Tijucas no levantamento do CFM, com investimento próprio de R$ 491,85 por habitante. No entanto, o total das receitas destinadas à área foi de 15,58%.
“Mesmo aplicando um percentual bem maior que Major Gercino na área, temos uma per capita mais baixa. São apenas indicadores, que, de forma isolada, não refletem a realidade de cada município”, complementa Lauritzen.
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